Secretário diz que ações sociais na Maré têm de ser apresentadas em 15 dias

Publicado em 30/03/2014 - 17:07 Por Nielmar de Oliveira - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

O secretário de Assistência Social e Direitos Humanos do Rio, Pedro Fernandes, disse hoje (30) que as respostas no plano social à população das favelas ocupadas neste domingo terão que ser dadas em no máximo 15 dias. Ele falou durante entrevista coletiva na qual o governo do estado apresentou um balanço sobre a ocupação do conjunto de favelas do Complexo da Maré.

Na última sexta-feira (28), o secretário se adiantou e reuniu lideranças comunitárias para “estabelecer prioridades e saber das principais angustias da comunidade. Com a liberdade de ação, que a ocupação nos está dando, não há mais desculpas: temos que dar respostas à população o mais rápido possível”, disse.

Pedro Fernandes esclareceu que a infraestrutura – que exige obras, ficará para depois. Vai ser debatida em uma segunda fase, “porque a gente chegou à conclusão que a identificação civil, a carteira de trabalho e os cursos profissionalizantes são mais importantes no primeiro momento. Assim como promover a inserção dos moradores no Cadastro Único para poder dar a eles acesso aos serviços de distribuição de renda dos governos federal, estadual e municipal”.

Outro problema que deverá ser tratado de imediato é o das crianças que estão fora das escolas. “É preciso equacionar o problema. Viabilizar o acesso das crianças às salas de aula – criar atividades extra-classe e projetos esportivos” avaliou.

Para o secretário, a instalação de uma rede básica de saúde, de um programa de limpeza urbana, de iluminação pública, conservação de ruas e vielas são problemas “que exigem respostas imediatas para a população”.

Fernandes lembrou que foi criado um comitê, formado pelas secretarias municipal e estadual, e por diretores dos órgãos diretamente envolvidos com os assuntos, para receber as demandas e tentar dar respostas o mais rapidamente possível. “Temos a obrigação de fazer o mais rapidamente o que antes não era possível, em decorrência da presença do tráfico”.

É para dar suporte às ações e legitimar o processo de ocupação das comunidades envolvidas no processo de pacificação que a secretaria criou há dez dias uma comissão para fazer levantamento de todos os projetos promovidos pelos órgãos estaduais e pela iniciativa privada nas 37 comunidades onde foram instaladas unidades de Polícia Pacificadora.

Edição: Beto Coura

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