Servidores do Judiciário Federal do Rio paralisam atividades por duas horas
Os servidores do Judiciário Federal do Rio de Janeiro fizeram hoje (7) uma paralisação de duas horas em todos os setores para reforçar a reunião da mesa de negociação que vai acontecer, na próxima sexta-feira (9), com o Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília. Os servidores reivindicam a revisão da perda salarial dos últimos quatro anos, que representa mais de 30% dos salários.
A primeira reunião da mesa de negociação será composta por representantes dos tribunais, conselhos superiores e servidores do Judiciário Federal. Neste primeiro momento, a prioridade dos servidores é tratar da atualização da tabela salarial para rápido encaminhamento ao Congresso. A carreira e as condições de trabalho são outros itens reivindicados pelos servidores, mas devem ser debatidos em outra reunião.
De acordo com o coordenador da Federação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário Federal e Ministério Público da União (Fenajufe), Roberto Ponciano, o objetivo da categoria é levar as reivindicações ao Poder Executivo.
"A paralisação de hoje é para reforçar que o STF aceitou abrir a mesa de negociação e posteriormente a negociação com o governo. O nosso objetivo é levar a proposta no dia 9 para o STF, esperando que a Corte assuma negociar o parcelamento com o Executivo. O projeto de lei está no Congresso desde 2006 e nós queremos negociar a reposição da perda salarial de 2009, 2010, 2011 e 2012”, disse Ponciano.
Além da paralisação de duas horas nas atividades do Judiciário Federal, os servidores vestiram-se de preto, em sinal de insatisfação em relação ao que consideram descaso do governo com as reivindicações da categoria.
Ponciano disse ainda que espera que o STF abra um canal de negociação com o governo, pois os servidores não abrem mão de repor as perdas salariais.
"Nós queremos retomar a negociação. O governo colocou para a gente que ou aceita 15% parcelados em 3 anos, que seria 2013, 2014 e 2015, ou não vão ter nada. Nós optamos por aceitar esse acordo, mas sem abrir mão de recompor as perdas salariais", explicou.
A categoria poderá fazer uma greve por tempo indeterminado, caso o governo federal não negocie com os servidores do Judiciário Federal. Segundo Ponciano, "a greve é consequência, é a nossa última opção. Vai depender da resposta do Executivo ao STF. Se eles negociarem, não terá greve, agora se eles não negociarem, nós vamos fazer greve".