Museu da Imagem e do Som faz 49 anos e abre festejos para o cinquentenário

Publicado em 03/09/2014 - 22:12 Por Cristina Indio do Brasil - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

O Museu da Imagem e do Som (MIS) comemorou hoje (3) 49 anos de criação, na sede da instituição, no centro do Rio de Janeiro. Oportunidade em que a presidenta do MIS, Rosa Maria Araújo destacou que “hoje é um aniversário de 49 anos de muito sucesso. O MIS é muito querido pela população do Rio e por todos. Nesses 49 anos ele enfrentou a ditadura, a repressão, a falta de liberdade”.

Segundo ela, o acervo do museu tem 300 mil documentos entre discos, partituras, fotos, cartas e textos. Além disso, tem os depoimentos de artistas para a posteridade, gravados no auditório da instituição. “O depoimento para a posteridade é aberto ao público. É um pequeno auditório e todos podem assistir, mas quem entrevista são os colegas do depoente, que conhecem a sua vida e história. Eles [os artistas] escolhem e alguém da direção do MIS coordena o depoimento. O último do [cantor e compositor] Ivan Lins durou cinco horas”, explicou.

Na cerimônia os ex-dirigentes do museu receberam Diploma de Mérito Cultural pela contribuição dada ao desenvolvimento do MIS. “Do primeiro, em 1965, até o último, eles lutaram muito para botar isto de pé”, disse Rosa Maria.

Entre os homenageados estava o fundador e primeiro presidente do MIS, o pesquisador de Música Popular Brasileira, Ricardo Cravo Albin. Ele disse que estava emocionado, e lembrou que logo no início o museu teve a colaboração de cerca de 200 críticos de arte, o que ajudou a compor o acervo da instituição. “Isto tudo é motivo de grande emoção para mim, que acompanhei o museu, sobretudo desta casa aqui [na Praça XV], onde passei sete anos praticamente morando dentro, sofrendo, torcendo e trabalhando por ele”, revelou.

O jornalista José Roberto Martins, que foi presidente entre 1995 e 1997, disse que aprendeu muito profissionalmente, e lembrou que na época pôde acompanhar o depoimento do violonista Rafael Rabello, pouco tempo antes dele morrer. “Eu sempre vejo, e verei, a história do MIS bastante expressiva", acrescentou, tanto pela importância política quanto pela referência cultural a setores como a música o teatro e a dança. "O MIS não é só do Rio de Janeiro. É um museu do país. Ele universaliza os seus momentos”, destacou.

Para Martins, a nova sede - que está sendo construída na Praia de Copacabana, para onde será transferido todo o acervo - vai representar mais um passo no desenvolvimento do MIS. “É sempre bom quando um museu caminha; quando ele vai para o lado de fora; quando ele se movimenta. Penso que a mudança do museu tem esse viés de se movimentar, de ir onde as pessoas estão também, e ali na frente Iemanjá estará olhando por ele”, analisou.

 

Edição: Stênio Ribeiro

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