Paulistanos gastam quase 3 horas por dia no trânsito, diz pesquisa
Os moradores da capital paulista gastam, em média, duas horas e quarenta e seis minutos no trânsito da cidade, independentemente do meio de transporte utilizado. O dado, divulgado hoje (18), é de pesquisa feita pelo Ibope encomendada pela organização não governamental (ONG) Nossa São Paulo.
De acordo com o levantamento, a média de tempo gasto em 2014 supera em 31 minutos o resultado da pesquisa anterior, feita em 2013, quando a média foi duas horas e quinze minutos. Em 2012, a média era duas horas e vinte e três minutos; em 2011, duas horas e quarenta e nove minutos; e em 2010, duas horas e quarenta e dois minutos.
A pesquisa identificou também que aumentou a quantidade de pessoas na capital paulista que opta por andar de carro todos os dias: 38% dos entrevistados, ante 27% em 2013; 23% em 2012; 26% em 2011; e 26% em 2010. O número de entrevistados que disseram ter carro em casa passou de 52%, em 2013, para 62%.
Segundo o levantamento, “a pé” é o meio de transporte mais usado na cidade (34%), seguido do carro (20%), do ônibus (16%), do metrô (8%), lotação (7%), trem (3%), motocicleta (3%), e bicicleta (3%).
Para 64% dos pesquisados, os governos devem dar mais atenção aos transportes públicos, sendo a construção ou ampliação de linhas do metrô ou trem (para 58%) e de corredores de ônibus (para 37%) as medidas mais urgentes para a melhoria da mobilidade urbana.
Segundo a pesquisa, 90% dos entrevistados disseram ser favoráveis à ampliação das faixas exclusivas de ônibus. E 88% foi o percentual de paulistanos favoráveis à construção e ampliação de ciclovias na cidade.
O trânsito na cidade foi considerado ruim ou péssimo por 70% dos entrevistados. E 71% deles afirmaram que deixariam de usar o carro, caso houvesse uma boa alternativa de transporte. Os entrevistados (41%) também consideraram que o passe livre é uma medida possível de ser realizada e deveria atender todos os usuários do transporte público da cidade de São Paulo.
Foram ouvidas 700 pessoas entre dos dias 29 de agosto e 3 de setembro. A margem de erro é 4 pontos percentuais para mais ou para menos.