Trabalhadores terceirizados da Uerj fazem greve por falta de salários

Publicado em 17/12/2014 - 20:02 Por Da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Em greve, funcionários de limpeza da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), terceirizados pela empresa Construir Arquitetura e Serviços, protestam por falta de pagamento (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Em greve, trabalhadores terceirizados da limpeza da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) protestam por falta de pagamento Fernando Frazão/Agência Brasil

Trabalhadores da empresa Construir Arquitetura e Limpeza, que presta serviços de higienização à Universidade do Estado de Rio de Janeiro (Uerj), fizeram uma manifestação na tarde de hoje (17), no campus Francisco Negrão de Lima, no Maracanã. Eles reivindicam a normalização de salários atrasados há dois meses.

A paralisação começou há uma semana, mas, desde a manhã de hoje, grevistas e alguns alunos que apoiam a causa começaram a espalhar lixo pelos corredores da universidade e no portão principal do campus para chamar a atenção devido à falta de pagamento.

Segundo Lenieres Marques, fiscal do Sindicato de Asseio e Conservação do Município do Rio de Janeiro, o movimento de trabalhadores terceirizados da Uerj não é o primeiro. "O atraso de salários é uma coisa antiga. Precisamos do salário. É a nossa sobrevivência. Queremos uma posição concreta da Uerj sobre a data do pagamento", comentou.

A paralisação, que também envolve trabalhadores do Hospital Universitário Pedro Ernesto, vinculado à Uerj, ainda não afetou as aulas, mas, de acordo com funcionários, a universidade continuará suja até que todos recebam salários. "Não sairemos daqui nem faremos limpeza até que o dinheiro esteja em nossa conta", salientou Lenieres.

Diretor da Construir, Júlio Diniz afirmou que a situação é muito mais complexa, pois o estado não paga as faturas das empresas. "Só estou esperando o estado cumprir seu papel para que possa repassar o salário dos funcionários. Sem a iniciativa da universidade, não posso fazer muita coisa", relatou.

Responsável pela administração da infraestrutura do campus, o prefeito universitário Ivair Machado informou que a Uerj não tem fundos para pagar prestadoras de serviço. Adiantou, no entanto, a negociação de um empréstimo para pagamento dos funcionários. "Iremos pagar um salário integral até sexta-feira (19). Na próxima semana, continuaremos a negociação para que as firmas recebam todos os atrasados", afirmou.

Edição: Armando Cardoso

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