Rio quer policiais militares mais próximos da população

Publicado em 24/02/2015 - 18:34 Por Da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Com objetivo de colocar a Polícia Militar mais próxima do cidadão, foi inaugurada hoje (24), no Rio, a Companhia de Polícia de Proximidade (Cipp). É a primeira unidade desse tipo de policiamento na cidade. Ela está instalada na Praça Verdun, no bairro do Grajaú, na zona norte, e abrangerá também as regiões do Andaraí e Vila Isabel e parte da Tijuca.

O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, fala à imprensa após reunião com ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, sobre segurança pública para Região Sudeste (Valter Campanato/Agência Brasil)

O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, fala sobre segurança públicaValter Campanato /Arquivo Agência Brasil

São 120 policiais, entre praças e oficiais. Segundo o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, a ideia é levar a segurança pública com o policial mais próximo dos moradores, como já ocorre nas comunidades com as unidades de Polícia Pacificadora (UPP). “Vamos fazer aqui. Vamos levar para Niterói. Tem outros bairros em que queremos avançar com essa polícia de proximidade, e continuar a ver onde se desloca essa mancha criminal, e combater”, disse ele.

Os policiais que vão atuar na Cipp passaram por um curso de capacitação para aprender as técnicas de proximidade, de procedimentos operacionais para solução de problemas e de diálogo com o cidadão. O foco da atuação policial será, principalmente, o policiamento a pé. À noite, as rondas continuam com viaturas e motocicletas.

Para o secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, o importante é buscar soluções – os resultados obtidos serão analisados e aprimorados. 
"Quando se lança um projeto, não se tem garantia, e nunca se vai ter garantia de que tudo vai funcionar como se quer. Mas a polícia tem que fazer o seu trabalho, e ela está fazendo o seu trabalho. É por ela estar fazendo seu trabalho e obtendo resultados positivos, que podemos falar sobre tudo o que a polícia sofre e a carga de trabalho que a polícia tem", disse o secretário.

Moradores do Grajaú relataram que os assaltos na região são constantes a qualquer hora do dia. "Uma senhora acabou de ser assaltada aqui perto, é isso todo dia. Em 2013, meu apartamento foi invadido e levaram tudo. Eu vim para mostrar que estou insatisfeito com o atual policiamento, mas, como todo brasileiro, não desisto nunca e tenho esperança de que isso mude. O Rio de Janeiro é grande, o policiamento é pouco, o investimento é pouco, diante de toda criminalidade bem armada que a gente vê", disse Uedson Junior, de 32 anos.

O governador destacou que os índices de criminalidade melhoraram e que a prioridade é a segurança pública. Para Pezão, o somatório dos esforços das fiscalizações nas fronteiras, nas rodovias federais e na Ponte Rio-Niterói é que vai melhorar a questão da segurança. Ele ressaltou que se reúne várias vezes na semana com Beltrame e com o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Alberto Pinheiro Neto, para discutir medidas de combate à criminalidade.

"O que queremos dentro do morro com as UPPs, queremos no asfalto também. Vamos continuar a reforçar o policiamento nas comunidades que tem UPPs, repor efetivos que saíram, mas principalmente também vir para o asfalto”.  De acordo com o governador, o Complexo da Maré será a próxima comunidade a receber UPPs.

Segundo ele, cerca de 200 homens da Polícia Militar já estão atuando na Maré e, até o final de junho, serão mais 200. E, quando o Exército sair definitivamente da comunidade, no dia 30 de junho, cerca de 2 mil homens vão fazer parte da UPP no local.

Edição: Aécio Amado

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