Substituição de Brasília nos Jogos Universitários tem prazo até o fim do mês

Publicado em 04/02/2015 - 16:25 Por Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil - Brasília

O Brasil tem até o fim de fevereiro para apresentar à Federação Internacional de Esporte Universitário (Fisu) uma alternativa para sede da Universíade de 2019, que estava marcada para Brasília até o governo do Distrito Federal anunciar que não organizaria mais o evento, por causa da crise financeira na capital da República.

O Ministério do Esporte e a Confederação Brasileira de Desporto Universitário (CBDU) têm dialogado com as capitais do Rio de Janeiro, de São Paulo, Minas Gerais, do Paraná e Ceará para buscar uma saída viável para o impasse, já que a federação internacional vai avaliar em março propostas da Itália, da Hungria e do Azerbaijão.

"Estamos avaliando os estados que têm condições pela infraestrutura já pronta. Se procurarmos uma cidade que tem que construir tudo, não vai dar tempo até 2019", disse o presidente da CBDU, Luciano Cabral, após participar de um debate sobre esporte na nona Bienal da União Nacional dos Estudantes (UNE).

Segundo Cabral, o governador Rodrigo Rollemberg informou a desistência da capital federal antes de sua posse, em carta enviada no dia 19 de dezembro, data em que a sede deveria formalizar o início da organização do evento. A partir desse dia, a CBDU ganhou mais 25 dias para resolver a questão, prazo que já se esgotou, e permitiu que outros países apresentassem candidaturas.

O governo do Distrito Federal vem tomando uma série de medidas para cortar gastos, aumentar a arrecadação e reequilibrar financeiramente as contas, quitando salários e pagamentos atrasados. De acordo com Cabral, a cidade-sede precisa pagar uma taxa de 23 milhões de euros para sediar o evento, dinheiro que ele afirma ter sido oferecido pelo governo federal. Ao contrário dos Jogos Olímpicos e da Copa do Mundo, a cidade passa a ser dona dos direitos dos jogos, a partir do pagamento dessa taxa e pode vender exploração, transmissão e patrocínios a terceiros.

Edição: Jorge Wamburg

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