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Caminhoneiros em protesto bloqueiam parcialmente 14 rodovias federais

Eles decidiram retomar os bloqueios após reunião com o governo sem
Da Agência Brasil
Publicado em 23/04/2015 - 13:05
 - Atualizado em 23/04/2015 - 17:45
Brasília
Movimento nacional dos caminhoneiro estão se organizando para manifestação em Brasília por melhores condições de trabalho. O objetivo é chegar ao DF com caminhões de todas as regiões (Valter Campanato/Agência Brasil)
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Em nova onda de protestos, que começou ontem (22), caminhoneiros bloqueiam parcialmente pelo menos 14 rodovias federais, especialmente na Região Sul e em Mato Grosso, segundo registros da Polícia Rodoviária Federal (PRF). As interrupções foram decididas após reunião sem acordo sobre a criação de uma tabela de frete mínimo.

De acordo com a PRF, só no Rio Grande do Sul, são seis os pontos parcialmente interditados pelos manifestantes, alguns desde o fim da noite de ontem. Nesse estado, os motoristas estão parados nos municípios de Três Cachoeiras, Soledade, Veranópolis, Ijuí, Santa Rosa e Frederico Westphalen.

Em Mato Grosso, já são cinco as interdições, uma próximo ao município de Lucas do Rio Verde, duas em Rondonópolis e duas em Diamantino. No Paraná, as manifestações dos caminhoneiros estão localizadas nas rodovias próximas aos municípios de Medianeira, Marialva e Laranjeiras do Sul.

Líderes dos motoristas reuniram-se ontem com representantes do governo e empresários para reclamar a aprovação de uma tabela de frete mínimo para o transporte de mercadorias. Os caminhoneiros alegaram que a medida traria mais proteção à categoria em casos de oscilação do mercado. A proposta não foi aceita.

Para o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, a principal reivindicação da categoria - um valor mínimo para o transportes de cargas - é inconstitucional. O governo federal chegou a propor uma tabela referencial de custo de frete. Diferentemente da tabela reivindicada pelos caminhoneiros, a do governo seria apenas uma referência para o setor. “A tabela referencial de preços é um importante instrumento para o balizamento das negociações futuras [entre caminhoneiros e empresários], enquanto a impositiva é ilegal, inconstitucional”, disse o ministro.