Manifestantes fazem no Rio enterro simbólico da Carteira de Trabalho

Publicado em 15/04/2015 - 22:49 Por Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

Diversas organizações sociais e sindicais fazem manifestação na Cinelândia, centro do Rio, contra o Projeto de Lei 4.330/2004, que regulamenta o sistema de terceirização (Tomaz Silva/Agência Brasil)

No Rio, manifestantes fizeram um enterro simbólico da Carteira de Trabalho em protesto ao projeto de lei que regulariza as terceirizaçõesTomaz Silva/Agência Brasil

O protesto contra o Projeto de Lei (PL) 4.330/2004, que expande as terceirizações para as atividades-fim das empresas, terminou com o enterro simbólico da Carteira de Trabalho, em frente à sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), na noite de hoje (15). O ato começou às 16h, em frente à Câmara Municipal, na Cinelândia, centro do Rio, e reuniu centenas de manifestantes, ligados a diversas centrais sindicais.

Os manifestantes seguiram em marcha pela Avenida Rio Branco, que precisou ser interditada, até o prédio da Firjan. Apesar de a manifestação ser pacífica, um grande aparato policial foi destacado, mas sem interferir no ato. Mais policiais ficaram a postos em frente à sede da Firjan, para evitar qualquer tipo de invasão.

O caminhão de som que dava apoio e servia como palanque para os discursos estacionou em frente à Firjan, onde os ativistas e sindicalistas falaram contra o projeto de lei, que poderá liberar as terceirizações nas empresas, se for aprovado pelo Congresso e sancionado pela presidenta Dilma Rousseff. O texto principal do projeto foi aprovado na Câmara e seguirá para o Senado.

Os manifestantes criticaram nos discursos o projeto de lei, ao alegar que a matéria precariza as relações de trabalho e provoca um rebaixamento de salários e direitos dos trabalhadores. Alguns, chegaram a dizer que, se o PL virar lei, será equivalente a rasgar a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), conjunto de leis que rege o trabalho no país.

O ato terminou pacífico e de forma bem-humorada, quando um dos ativistas, que estava fantasiado de papa, deu a benção final aos participantes e pediu que todos seguissem em paz, “mas sem se esquecerem de lutar por seus direitos”.



Trabalhadores protestam no Rio contra as terceirizações

Edição: Fábio Massalli

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