Movimentos sociais e sindicatos protestam contra terceirização e ajuste fiscal

Publicado em 15/04/2015 - 19:37 Por Bruno Bocchini - Repórter da Agência Brasil - São Paulo

Movimentos sociais, partidos políticos, centrais sindicais e sindicatos iniciaram no fim da tarde de hoje (15) uma manifestação, no Largo da Batata, zona oeste da capital paulista, contra o Projeto de Lei 4.330/2004 – que regulamenta a terceirização no país – e o ajuste fiscal imposto pelo governo.

A polícia não tem ainda estimativa do número de pessoas presentes, que ocupam quase a totalidade do Largo da Batata. Os manifestantes devem sair em marcha até a Avenida Paulista, onde ocorre outros atos com as mesmas pautas.

“Nós queremos marcar claramente a nossa posição contrária às pautas de direita, principalmente no Congresso Nacional, como a redução da maioridade penal, temas de ataques aos direitos indígenas, como a PEC 215 [que estabelece que o Congresso Nacional deverá decidir sobre a demarcação de terras indígenas]. [Protestamos também] contra o discurso de ódio e preconceito que tem sido disseminado por meio de algumas manifestações na sociedade. É um ato pelos direitos sociais, contra a terceirização e o ajuste fiscal”, disse o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos.

Ele acrescentou que este é um ato que defende uma saída para a crise que o país enfrenta a partir de reformas populares. “O ajuste tem que ser feito para o outro lado, tem que ser feito com a taxação das grandes fortunas, com a auditoria da dívida pública, com reforma tributária. O enfrentamento da corrupção precisa ser feito com o fim do financiamento privado de campanha [eleitoral]”.

O secretário-geral da do Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora (Intersindical), Edson Carneiro Índio, destacou que o protesto é contra a terceirização, que, segundo ele, é um projeto vai precarizar as condições de trabalho, aumentar o desemprego e piorar as condições de trabalho. “Nós lutamos também para derrubar as medidas provisórias 664 e 665, que afetam os direitos dos trabalhadores, dificultam o acesso ao seguro-desemprego e ao seguro-saúde”, disse Índio, que criticou ainda a redução da maioridade penal.

Entre os movimentos que convocaram o ato, estão o MTST, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Intersindical, Fora do Eixo/Mídia Ninja, União de Núcleos de Educação Popular para Negras/os e Classe Trabalhadora (Uneafro) e Movimento Periferia Ativa.

Edição: Fábio Massalli

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