Protesto na Paulista pede garantia de direitos de trabalhadores do McDonald's
Uma manifestação na Avenida Paulista pede a garantia de direitos trabalhistas dos funcionários da rede mundial de restaurantes McDonald's. O protesto começou hoje (15) às 10h e reúne, de acordo com a Polícia Militar, 300 pessoas. Já os organizadores estimam a participação de mil pessoas. Eles partiram de uma concentração no Museu de Arte de São Paulo (Masp) e protestam, agora, em frente a uma loja do McDonald's.
Eles reclamam do acúmulo de função sem a devida remuneração, do não pagamento de horas extras e do adicional de insalubridade, além da aplicação de jornada móvel variável. Segundo os sindicatos, a jornada móvel variável faz com que os trabalhadores recebam apenas pelas horas trabalhadas, o que, muitas vezes, resulta em pagamentos abaixo do salário mínimo, o que não é permitido pela legislação.
A campanha é global e ocorre em mais de 40 países. No Brasil, a campanha #SemDireitosNãoéLegal é amparada pela Nova Central Sindical de Trabalhadores, com o apoio da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade e do Sindicato dos Trabalhadores em Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de São Paulo.
Em nota, a companhia informou que respeita manifestações sindicais e tem convicção do cumprimento da legislação, que é seguida pela companhia desde a abertura do seu primeiro restaurante no Brasil. Segundo McDonald's, o Sindicato dos Trabalhadores em Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares não tem amparo legal para representar os trabalhadores do setor, por decisões recentes no Tribunal Superior do Trabalho (TST).
“A empresa se orgulha de ser a porta de entrada de milhares de jovens no mercado de trabalho. Nossas práticas laborais são premiadas e reconhecidas pelo mercado. A companhia foi eleita, por exemplo, uma das Melhores Empresas para Trabalhar na América Latina, pelo ranking elaborado anualmente pela consultoria internacional Great Place to Work, há 15 anos. Foi pioneira na implementação do ponto eletrônico e recebeu o selo Primeiro Emprego do Ministério do Trabalho”, diz a nota.