Defensoria cobra solução urgente de problemas em unidade de cardiologia no Rio

Publicado em 12/06/2015 - 19:03 Por Da Agência Brasil - Rio de Janeiro

A Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro encaminhou ofício hoje (12) à Secretaria de Estado de Saúde pedindo esclarecimentos e solução urgente para a situação do Instituto de Cardiologia Aloysio de Castro, em um prazo de 24 horas.

A direção da unidade reafirmou que não há falta de medicamentos ou insumos no instituto, mesmo após a sindicância aberta ontem (11) pelo Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro para apurar irregularidades na unidade.

De acordo com a direção do instituto, 14 procedimentos e cirurgias de pacientes internados estão sendo realizados hoje. Além disso, três elevadores estão funcionando sem problemas e as equipes de limpeza trabalham normalmente na unidade.

Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde disse que o pagamento à empresa responsável pela limpeza está sendo regularizado. Na quarta-feira (10), a empresa recebeu novo repasse de verba com esse objetivo.

O diretor do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj), Gil Simões, disse que as queixas encaminhadas ao conselho foram confirmadas após fiscalização na unidade de saúde. “Foram identificados falta de manutenção de equipamentos e de material, elevador quebrado há oito meses, problemas de pagamento com a empresa de alimentação e, mais recentemente, problemas de pagamento com a empresa de limpeza.”

Simões informou que serão ouvidos na sindicância o diretor do hospital, Rossi Murilo, e um representante do corpo clínico e um da Secretaria de Saúde, responsável final pelo funcionamento do hospital. “Além disso, o [Departamento]  Jurídico do Cremerj determinou a entrada na Justiça para garantir o atendimento adequado à população e para responsabilizar civil e criminalmente os agentes responsáveis.”

Por determinação do presidente do Tribunal de Contas do Estado, Jonas Lopes, uma equipe do órgão esteve na tarde de ontem (11) no Instituto de Cardiologia para uma auditoria destinada a apurar as denúncias relacionadas aos problemas verificados naquela unidade médica.

A direção do hospital informou à equipe do tribunal que todos os contratos de conservação e manutenção estão sob a responsabilidade direta da Secretaria de Estado de Saúde.

Com isso, o TCE vai exigir da secretaria, na próxima segunda-feira (15), a apresentação dos contratos, para analisar a legalidade dos documentos e a gestão dos serviços executados pelas empresas contratadas, tais como limpeza, manutenção de elevadores e fornecimento de medicamentos.

Edição: Maria Claudia

Últimas notícias