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Ambientalista defende firmeza do Brasil na COP21 sobre redução do desmatamento

Daniel Mello - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 24/08/2015 - 16:50
Rio de Janeiro

Representantes da sociedade civil e parlamentares discutiram hoje (24), na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), contribuições para a Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP21). Segundo o diretor de Políticas Públicas da organização não governamental SOS Mata Atlântica, Mário Mantovani, o Brasil precisa de uma posição firme em relação à redução do desmatamento.

A COP21 começa no dia 30 de novembro, em Paris, e os países participantes devem apresentar, até 1º de outubro, as propostas de redução de emissões de gases de efeito estufa.

“O Brasil não pode ser covarde. O que nós estamos vendo hoje é a falta de posicionamento do país, por exemplo, sobre o tema do desmatamento. O Código Florestal foi a antítese disso, autorizou o desmatamento”, disse Mantovani sobre a legislação aprovada em 2012, que flexibilizou alguns aspectos das leis ambientais. De acordo com Mantovani, uma posição firme em relação ao desenvolvimento sustentável pode trazer até benefícios ao agronegócio.

Os benefícios para a imagem das empresas preocupadas com o meio ambiente também foram destacados pela secretária estadual de Meio Ambiente de São Paulo, Patrícia Iglecias. “Estamos trabalhando com as empresas para termos protocolos voluntários de redução de emissões [de gases]. Isso é fundamental, porque as empresas podem trabalhar com economia e usar isso como elemento de imagem [da empresa]. Quanto mais houver essa cooperação voluntária, melhor”, disse ela, sobre as ações desenvolvidas pelo governo estadual.

Além disso, problemas atuais, como a crise hídrica no estado têm relação com os efeitos das mudanças no clima, disse a secretária. “Quando se olha em outros países, a visão é também que esses eventos, do ponto de vista do clima e da água, estão totalmente relacionados com a temática das mudanças climáticas. Isso os cientistas têm levantado em diversos lugares do planeta.”

O coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista, deputado  Sarney Filho (PV-MA) disse que a aproximação entre a sociedade civil e o Legislativo é uma maneira de dar vazão às demandas da população.

Sarney Filho lembrou que caberá à Câmara e ao Senado aprovar possíveis acordos internacionais assinados com o objetivo de reduzir as emissões de poluentes. “Também vão depender dele [Senado] as leis e a aprovação de qualquer acordo internacional, daí a importância de fazermos uma união forte do Legislativo com a sociedade civil”, afirmou o deputado.