logo Agência Brasil
Geral

Sem-teto se reúnem com representante do Ministério das Cidades em São Paulo

Elaine Patricia Cruz - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 06/08/2015 - 21:38
São Paulo

Depois de uma caminhada pela Avenida Paulista, partindo do vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp) para o escritório da Presidência da República em São Paulo, líderes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) reuniram-se hoje (6) com a secretária de Habitação do Ministério das Cidades, Inês Magalhães. A reunião, iniciada por volta das 15h30, durou cerca de duas horas e ocorreu a portas fechadas.

Segundo Guilherme Boulos, um dos líderes do movimento, houve compromisso por parte da secretária de que, apesar da modalidade Construtoras não contratar este ano, haverá contratação para o item Entidades e de várias das propostas apresentadas deverão ser acatadas.

Para Boulos, a reunião foi satisfatória. “Claro que queríamos que o programa tivesse sido lançado no ano passado, como estava previsto. A garantia de contratações ainda este ano é um elemento-chave para nós. Como isso foi assegurado pela secretária nacional de Habitação, para nós, foi satisfatório.”

Durante a reunião, integrantes do movimento fecharam os dois sentidos da Avenida Paulista entre as ruas Haddock Lobo e Augusta. O protesto terminou por volta das 18h.

O protesto do MTST foi organizado em 11 capitais brasileiras. O objetivo da manifestação foi pedir urgência no lançamento e contratações imediatas para o Programa Minha Casa, Minha Vida 3. Além de São Paulo, o ato ocorreu nas capitais do Rio Grande do Sul, de Minas Gerais, do Rio de Janeiro, de Goiás, da Bahia, de Pernambuco, do Ceará, do Pará e de Roraima e no Distrito Federal.

Ontem (5), nas redes sociais, a presidenta Dilma Rousseff anunciou o lançamento do programa para 10 de setembro. “O anúncio da presidenta é que, neste ano, estamos avaliando a possibilidade de contratar na modalidade Entidades. As sugestões encaminhadas pelo MTST em relação ao programa certamente serão examinadas até o dia 10 [de setembro] e parte delas será acatada no que for possível”, informou a secretária, após a reunião. Segundo ela, as contratações dos projetos serão definidas “a partir do lançamento do programa”.

De acordo com Boulos, com a garantia de que haverá contratações este ano para a modalidade Entidades, o movimento vai aguardar. “Se no dia 10 de setembro, o programa sofrer novo adiamento ou algum compromisso não for cumprido, o MTST voltará às ruas com peso redobrado”, alertou.

A Polícia Militar informou à Agência Brasil que não fornece mais números sobre número de manifestantes. Para os líderes do movimento, cerca de 10 mil pessoas participaram do ato em São Paulo.