Vigilância Sanitária fiscaliza salões de beleza no Rio

Publicado em 04/08/2015 - 15:26 Por Da Agência Brasil - Rio de Janeiro

A Vigilância Sanitária Municipal do Rio de Janeiro iniciou hoje (4) uma campanha para conscientizar clientes e profissionais de salões de beleza sobre os riscos à saúde que cosméticos irregulares e estabelecimentos em condições higiênicas e sanitárias inadequadas podem provocar à saúde das clientes. As atividades ocorrem em paralelo à fiscalização
que o órgão já faz nos salões da cidade.

De acordo com a subgerente da Vigilância Sanitária, Mônica Vallin, o principal problema encontrado é o uso do formol como alisante capilar, prática proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Outra irregularidade comum é a ausência de equipamento de esterilização.

"O que mais encontramos é a utilização de cosméticos sem registro, principalmente os que contém formol. Queremos alertar os cabeleireiros e os clientes que essas substâncias podem causar lesões graves, como queimaduras, inchaço e descamação do couro cabeludo, e podem até matar. Não realizar a autoclavagem, que é a esterilização dos produtos cortantes do salão, é outro problema muito comum, que pode trazer danos sérios à saúde, como hepatite C e outras doenças infecciosas", explicou. 

A Vigilância Sanitária informou que, durante as inspeções, são observadas a embalagem dos produtos utilizados, com atenção ao prazo de validade, registro e fabricante, bem como o armazenamento e fracionamento. Além dos produtos, os equipamentos também são inspecionados.

Os técnicos verificam se há equipamentos de esterilização, aquecimento e geladeira exclusiva para alimentos, caso os funcionários levem o almoço pro trabalho, assim como o descarte adequado do material utilizado, como perfurocortantes e produtos químicos.

Segundo o órgão, será reforçada, durante a campanha, a importância do uso de produtos no prazo de validade, a necessidade de realizar testes de contato para detectar possíveis alergias, de não reaproveitar embalagens vazias, e nem misturar produtos diferentes, e que as orientações do fabricante sejam seguidas. Além das orientações, os agentes vão distribuir cartilhas aos funcionários e aos clientes dos salões de beleza.

A gerente de recursos humanos Camilla Pires, de 34 anos, afirmou que vai ao salão de beleza toda semana. Ela diz que procura sempre ficar atenta ao descarte de produtos como palitos, espátulas e lixas de unha, além de verificar se o local faz a esterilização dos alicates e tesouras. "Nunca tive problemas de saúde por usar produtos de salão infectados, mas fico muito preocupada com isso, acredito que muitos salões não sigam as normas. Nem sempre a gente pode evitar passar por um problema desses, mas tem que ficar de 'olho'", disse.

Edição: Maria Claudia

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