Em dois dias, chove 20% do esperado para setembro em São Paulo

Publicado em 08/09/2015 - 10:38 Por Fernanda Cruz - Repórter da Agência Brasil - São Paulo
Atualizado em 08/09/2015 - 13:05

Desde ontem (7), a cidade de São Paulo registra 15 milímetros (mm) de chuva, o correspondente a 20% do índice esperado para todo o mês de setembro, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O temporal da madrugada fez com que São Paulo permanecesse em estado de atenção entre as 02h40 e as 5h de hoje (8).

Segundo a Companhia de Engenharia de Trafego (CET), a capital tinha, por volta das 10h, 12 pontos de alagamentos, sendo quatro deles intransitáveis para veículos. O Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) verificou índices pluviométricos ainda mais altos em alguns pontos da cidade, como Parelheiros (29 milímetros - mm), na zona sul, Lapa (18,6 mm), na zona oeste, Sé (18,2 mm), no centro, e Penha (27,5 mm), na zona leste.

A propagação de uma região de baixa pressão atmosférica deve gerar, nos próximos dias, áreas de instabilidade com chuvas em forma de pancadas. Há potencial para trovoadas e formação de alagamentos. “A previsão é que continue chovendo até sábado. Hoje ainda vai chover no estado todo. Norte do estado, a chuva vai acontecer mais à tarde. Amanhã, vai chover menos no sul do estado. Domingo já seca”, explicou a meteorologista Helena Turon Balbino.

Sistema Cantareira

O nível do Sistema Cantareira manteve-se em 11,6% da sua capacidade total de ontem para hoje, índice ainda abaixo do volume morto, segundo boletim divulgado nesta terça-feira pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). A pluviometria do Cantareira ontem foi de 0,1 mm.

Nos últimos 30 dias, o Cantareira perdeu 2,4 pontos percentuais, mas deve subir 0,5 e 1,5 ponto nos 30 dias seguintes, estima o Boletim Águas Futuras, projeto dos pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e Universidade de São Paulo (USP).

Os reservatórios do Cantareira, antes da crise, eram usados para atender a mais de 9 milhões de pessoas, atualmente pouco mais de 5 milhões. Ganharam importância os sistemas do Alto Tietê e Guarapiranga, que juntos fornecem água para mais de 10 milhões de habitantes.

Apesar da estabilidade no Cantareira, quatro dos seis mananciais apresentaram leve elevação nas capacidades de ontem para hoje. No Alto Tietê, o nível estava em 13% e passou para 13,1%. A represa Guarapiranga registrou alta de 66,5% para 67,2%. No Sistema Alto Cotia, a elevação foi de 51,9% para 52,3%. O Sistema Rio Grande teve elevação de 80,1% para 80,2%.

O Sistema Rio Claro foi o único a registrar queda, passando de 57,3% para 57%.

Edição: Talita Cavalcante

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