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Mineradora diz que não sabe as causas do rompimento de barragens em Minas

Ana Cristina Campos - Repórter da Agência Brasil*
Publicada em 06/11/2015 - 18:09
Brasília

O diretor-presidente da Samarco, Ricardo Vescovi, disse na tarde de hoje (6) que a mineradora ainda não sabe as causas do rompimento das barragens de Fundão e Santarém na tarde dessa quinta-feira (5). Localizadas no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, Minas Gerais, as barragens se romperam, inundando a região com lama, rejeitos sólidos e água usados no processo de mineração.

“O momento que estamos vivendo agora é de dar atenção às pessoas, cuidar das famílias e transportar as pessoas de Bento Rodrigues para um lugar de maior conforto. Não estamos especulando sobre hipóteses, mas vamos fundo para descobrir o que de fato aconteceu. No momento estamos monitorando a barragem de Germano, que se encontra estável e sem alteração”, disse Vescovi, em entrevista à imprensa.

O responsável pelo plano emergencial da Samarco, Germano Silva, informou que por volta das 14h dessa quinta-feira houve um primeiro tremor e que funcionários foram até o local, mas não verificaram nenhum rompimento. Porém, uma hora depois a barragem de Fundão se rompeu e causou o rompimento da barragem de Santarém. Ele negou que houve um erro na primeira análise das barragens e disse que tudo será apurado para saber quais foram as causas do acidente.

Com o deslizamento dos rejeitos, 13 pessoas que trabalhavam no local podem ter sido soterradas. Além de ter atingido o distrito de Bento Rodrigues, a lama já chegou aos distritos de Paracatu, que está totalmente coberto, de Águas Claras, de Ponte do Gama e de Pedras, além da cidade de Barra Longa.

“Por volta das 15h, recebemos a informação do rompimento da barragem de Fundão. Imediatamente, demos inicio ao plano de emergência entrando em contato com as autoridades. Em seguida, tivemos o rompimento da barragem de Santarém, que é a barragem de água. Essa barragem de rejeitos e água provocou uma onda de água que se propagou e atingiu a comunidade de Bento Ribeiro. Infelizmente, no momento do acidente, havia pessoas trabalhando na barragem de Fundão. Há, neste momento, 13 pessoas desaparecidas e um morto, que teve um ataque cardíaco”, disse o diretor-presidente da Samarco.

Vescovi reiterou que o rejeito de minério de ferro não é tóxico. “As operações nas barragens eram regulares, licenciadas e monitoradas dentro do melhor padrão que a gente conhece de monitoramento de barragem”.

 

*Colaborou Florence Couto, da Rádio Inconfidência