Apex-Brasil aproveita Rio Open para aproximar exportadores e investidores

Publicado em 15/02/2016 - 19:43 Por Cristina Indio do Brasil - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) aproveitou a realização do Rio Open, maior torneio de tênis da América do Sul, que começou hoje (15), para aproximar compradores, investidores e formadores de opinião estrangeiros de exportadores brasileiros.

Cerca de 60 potenciais clientes de produtos brasileiros vão assistir aos jogos do torneio e participar de agendas de negócios até domingo (21), patrocinados por empresas e entidades setoriais.

Presidente da Apex-Brasil, David Barioni Neto, participa de evento durante o Rio Open para incentivar o contato entre investidores internacionais e exportadores brasileiros

Presidente da Apex-Brasil, David Barioni Neto, participa de evento durante o Rio Open para incentivar o contato entre investidores internacionais e exportadores brasileirosCristina Indio do Brasil/Agência Brasil 

O presidente da Apex-Brasil, David Barioni Neto, disse que encontros como a Copa do Mundo e o Rio Open são importantes para atrair ao Brasil pessoas que normalmente não viriam e que, por causa deles, viajam para cá a convite e participam dos encontros de negócios.

“São eventos de demonstração do que o Brasil tem de oportunidades em produtos de vendas e recepção de investimentos. O Rio Open é um deles. Teremos Olimpíadas e Paralimpíadas, Fórmula 1, como já tivemos a Copa do Mundo”, listou.

Segundo Barioni, o esporte ajuda muito os negócios pela associação com a imagem de credibilidade, transparência e modernidade. “Tudo que tem de tecnologia hoje está focado em esportes. São novas performances, novos tecidos, novos calçados, infraestrutura de quadras e tudo isso interessa para mostrar que o Brasil tem essa tecnologia, pode vender e pode receber os investimentos também”.

Para o presidente da agência, entre os setores que podem se beneficiar com eventos ligados ao esporte está o têxtil e os ligados à tecnologia, como o de energia renovável e todos os temas ligados à sustentabilidade.

Hoje (15), a Apex-Brasil realizou o seminário Os grandes eventos no alvo da sustentabilidade, o primeiro dos três que fará durante o Rio Open. Amanhã (16), a agência vai debater as oportunidades de investimentos estrangeiros diretos e, na quarta-feira (17), irá apresentar lições de jovens empreendedores para vencer no mercado global.

Rede de artesãs

Durante o Rio Open, a Apex vai distribuir bolsas feitas com o reaproveitamento de banners, produzidas pela Rede Asta, entidade que reúne artesãs de regiões de baixa renda. Nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio 2016, o grupo vai produzir, junto com mais duas entidades de artesãs, as almofadas que serão colocadas nos quartos dos atletas que participarão das competições.

No seminário de hoje, a fundadora da Rede Asta, Rachel Schettino, disse que os grupos com os quais a entidade trabalha são na maioria pequenos empreendimentos, formados por mulheres que têm filhos e trabalham em casa. A renda é dividida entre as artesãs, a Asta e o pagamento de aluguel e marketing.

“Hoje são 60 grupos produtivos em dez estados brasileiros e cada um tem a sua técnica. Quando são grandes produções, a gente tem uma rede que consegue atender algo como 30 mil [unidades], a gente faz em vinte comunidades ao mesmo tempo”, explicou.

Segundo Rachel, pesquisas feitas com as artesãs mostraram que, para elas, o melhor retorno do trabalho foi o aumento da autoestima, seguido do aprendizado e da renda. “Apesar de neste projeto cada uma ter ganho uma renda de R$1 mil/mês, são pessoas que não eram inseridas no contexto, favelizadas e sem estudo. Para elas R$ 50 é muito dinheiro, mas na pesquisa isso não foi o número um, foi a autoestima”.

Tecnologia paralímpica

No mesmo evento, os empresários Erika Foureaux e Victor Renault mostraram a experiência do Instituto Noisinho da Silva, ligado ao setor de tecnologia assistiva, destinada a pessoas com algum tipo de deficiência. “Ele visa por um lado desenvolver as tecnologias, mas tão importante quanto é desenvolver tecnologia social, ou seja, o mesmo produto para as famílias que não têm como comprá-los. A gente não doa os produtos, mas ensina elas a fazerem como contribuição coletiva”. 

Para o presidente da Apex, a tecnologia assistiva ganha ainda mais importância diante da proximidade dos Jogos Paralímpicos do Rio. Barioni disse que o Brasil é o terceiro produtor mundial de tecnologia desse tipo. “São desde produtos para crianças com deficiência, adultos, óculos, aparelhos ortopédicos, de surdez para esporte. Então, é muito importante para nós este tipo de evento para que a gente possa demonstrar os produtos brasileiros para todo o mundo.”

Edição: Luana Lourenço

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