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Patrocinadores da Olimpíada mostram otimismo com negócios no país

Flávia Villela - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 17/03/2016 - 15:02
Rio de Janeiro

Representantes de multinacionais patrocinadoras dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos deste ano demonstraram otimismo em relação ao futuro do país na área de negócios, apesar da crise política e econômica. Eles participaram de uma mesa redonda, nesta manhã (17), do projeto Casa Rio, no Museu do Amanhã, centro da capital fluminense, na abertura da primeira casa temática dos Jogos Rio 2016, Casa Rio.

Para o CEO da empresa Ernest Young no Brasil, Jorge Menegassi, a crise atual, embora seja dolorosa, vai gerar frutos positivos no futuro. "O Brasil continua apresentando oportunidades de crescimento super importantes e o grande desafio das empresas é entender como ela vai operar dentro desse país, que deve ter códigos de ética extremamente rigorosos", disse.

O executivo ressaltou que, no médio e longo prazo, o Brasil é extremamente promissor. “Temos uma geração de jovens, somos cerca 200 milhões de pessoas, de consumidores. É um país viável e um dos mais importantes dentro do mercados dos países emergentes, afirmou. Young adiantou que a amepresa está crescendo 15% neste ano, quase o dobro do crescimento no ano passado. "Nesse momento de crise, estamos aproveitando esse evento para inovar. Existem oportunidades. Não dá para ficar ao sabor do vento."

Para o diretor para a América Latina da empresa de TI Atos, Fernando Simões, o país sairá mais forte. “No futuro, empresas que talvez pensassem em fazer negócios aqui de uma maneira não transparente, ao ver toda a repercussão e a dor de cabeça que outras estão tendo por aí, vão pensar cinco vezes e, assim, teremos um fator de mitigação e um cenário um pouco mais claro. Acredito que estamos passando por um período de limpeza e de um futuro melhor."

Na opinião da presidente da empresa Microsoft no Brasil, Paula Bellizi, a situação é passageira e não deve prejudicar o sucesso da Olimpíada. "O Brasil já passou por diversos momentos desafiadores e este não será o último. A Microsoft pode ajudar e estamos focados no que podemos controlar", comentou. "Nesse momento, a tecnologia pode ajudar o país e os Jogos Olímpicos". Segundo ele, a empresa, que desenvolveu o portal oficial dos Jogos, espera que o site seja o mais acessado da história da internet. “Esperamos 5 bilhões de acesso no mundo inteiro, ou mais. Estamos muito orgulhosos de poder ajudar o Brasil a fazer história na Olimpíada."

A diretora de inovação da Cisco no país, Nina Lualdi, empresa responsável pela infraestrutura de networking das Olimpíadas, afirmou que o momento atual não prejudicou o andamento dos projetos da empresa. "A Rio 2016 será a Olimpíada mais conectada do mundo. A estrutura de networking e de internet já está 90% implementada e os projetos das naves do conhecimento já está entregues", disse.

O diretor de marketing para esportes da General Electric, Kristopher Katsuleres, disse que a empresa já patrocinou outras olimpíadas e que cada cidade tem um desafio. “Somos parceiros da cidade e a cada novo desafio temos que enfrentá-los e fazer ajustes para oferecermos jogos fantásticos", destacou, durante mesa-redonda por vídeo-conferência. Ele adiantou que a empresa investirá pesadamente em marketing e campanhas da marca no país ao longo do ano.

O projeto Casa Rio é executado pela Rio Negócios, agência de atração e investimentos da Prefeitura do Rio. A estimativa da agência é que os Jogos já atraíram R$ 9 bilhões em investimentos e mais de 16,5 mil novos postos de trabalho. Com foco no desenvolvimento de negócios, a Casa Rio tem previstos 40 eventos, entre conferências, rodadas de negócios e apresentações de oportunidades de investimento na cidade, até setembro.


Fonte: Empresas patrocinadoras das Olimpíadas avaliam efeitos da crise política