Governo do Rio terá mais dez dias para pagar dívidas de restaurantes populares

Publicado em 01/07/2016 - 21:07 Por Cristina Indio do Brasil - Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro

A Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos do Rio de Janeiro fechou acordo com representantes das dez empresas que administram 16 unidades do Restaurante Cidadão, que fornecem almoço a R$ 2 e café da manhã em estações de trem, para evitar a suspensão do serviço. As empresas decidiram dar mais dez dias para que o governo do estado amortize a dívida com os fornecedores, atrasadas há meses.

O acerto para manter o funcionamento normal dos restaurantes nesse períoso foi feito hoje (1º) durante encontro entre o subsecretário executivo da pasta, Maurício Ribeiro, e os representantes das empresas. Ontem (30), o secretário Paulo Melo já tinha feito um acordo com a empresa Home Bread, que administra as unidades do restaurante na Central do Brasil, no Centro do Rio; no Méier, na zona norte; e na Cidade de Deus, zona Oeste. A empresa é responsável também pelo fornecimento de café da manhã nas estações de trem de Santíssimo, Campo Grande, na Zona Oeste; e Japeri, Belford Roxo e Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

Ribeiro reconheceu que a crise financeira do estado causa impacto nas empresas fornecedoras, mas se disse confiante em uma parceria entre as partes. “A função da secretaria é trabalhar por aqueles que mais necessitam e a política de segurança alimentar está na base do atendimento ao cidadão. Todos compreenderam a necessidade de dar continuidade aos trabalhos, principalmente porque falamos de pessoas que vivem em vulnerabilidade social.”

Regularização

Para Fábio Leite, representante da empresa Premier, que administra o Restaurante Cidadão de Bonsucesso, na zona norte, é preciso dar um crédito ao governo neste momento. “Vamos dar um crédito ao governo do estado e aguardar o prazo solicitado. A esperança é que tudo se normalize.”

De acordo com a secretaria, o prazo é importante para a retomada das amortizações de débitos do estado e possível regularização da dívida junto aos fornecedores de refeições.

“O fechamento desses restaurantes criaria, na vida das pessoas, um caos social muito grande”, disse Leite. “O restaurante cidadão é um programa de governo que ganhou peso e a gente espera encontrar uma solução para que eles continuem de portas abertas.”

Por dia, segundo a secretaria, as 16 unidades do Restaurante Cidadão oferecem cerca de 10 mil cafés da manhã e 23 mil refeições no estado. Mesmo com a crise financeira, a instituição busca alternativas para que o serviço não seja interrompido e deu como exemplo, o Restaurante Cidadão de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, que está sob gestão compartilhada com a prefeitura do município. O próximo acordo desse tipo pode ser com a prefeitura de Duque de Caxias.

Edição: Luana Lourenço

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