Movimentos sociais e sindicatos fazem ato em SP contra reformas
Movimentos sociais e sindicatos fizeram no início da noite de hoje (11) um ato na Praça da Sé, no centro da capital paulista, em protesto contra a Proposta de Emenda à Constituição que cria um limite para os gastos públicos, a reforma do Ensino Médio e a reforma da Previdência. O ato, que encerrou as manifestações do Dia Nacional de Greve, teve a participação de cerca de 20 mil pessoas, segundo os organizadores. A polícia não divulgou a quantidade de participantes.
Para os manifestantes, a PEC significará a retirada de investimentos nas áreas de educação e saúde. O governo argumenta que a proposta é fundamental para o ajuste das contas do país e que as áreas de educação e saúde não serão atingidas imediatamente.
“Este dia foi de muita paralisação, manifestação na maior parte do país. Foi superior ao ato que fizemos no dia 22 de setembro e serviu como ótimo aquecimento para a greve geral", disse o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas. Segundo ele, a manifestação é um alerta para a Presidência da República "de que essas propostas de retirada de direitos são extremamente impopulares e que os trabalhadores vão se manifestar contra elas".
Pela manhã, ruas e rodovias chegaram a ser bloqueadas pelos manifestantes.
Entre os movimentos que participaram da manifestação estavam o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), a Central dos Movimentos Populares (CMP), a CUT, a Intersindical, o Sindicato dos Bancários de São Paulo, e a Unificação das Lutas de Cortiços e Moradia.
De acordo com a CUT, no estado de São Paulo, houve paralisações e manifestações em 19 municípios.
O Palácio do Planalto informou que respeita e considera as manifestações democráticas, mas não comentará nenhuma delas.