Greve de ônibus afeta Belém e região metropolitana
Moradores dos municípios de Belém, Ananindeua e Marituba, no Pará, amanheceram hoje (19) sem ônibus, devido a uma paralisação dos trabalhadores rodoviários. A categoria reivindica mais segurança nos veículos, reajuste salarial de 10% e acréscimo de R$ 700 no ticket de alimentação, para repor perdas salariais de anos anteriores.
Levantamento recente do Sindicato dos Rodoviários do Pará revelou o crescimento dos assaltos a ônibus na capital do estado. Foram 1,4 mil casos de maio a dezembro de 2017, o que representa 200 ocorrências a mais do que no ano anterior. Em janeiro deste ano, foram 150 casos, contra 90 no mesmo mês de 2017.
A classe também pede que sejam respeitados o limite de seis horas de expediente e o intervalo de uma hora para descanso, que têm sido descumpridos pelos empregadores, segundo o sindicato.
Outros pontos da reivindicação são a oferta de plano de saúde aos trabalhadores ou, como alternativa, o reajuste no valor repassado para manutenção da clínica hospitalar conveniada, e a revisão no valor de repasse relacionado ao centro de formação dos rodoviários.
Nas redes sociais, usuários apontaram paralisações. Uma linha, a PAAR-Ceasa, estava funcionando normalmente por volta de 10h.
A Agência Brasil aguarda retorno da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém quanto ao funcionamento do transporte público. A assessoria de imprensa da prefeitura da capital, por sua vez, disse, por telefone, que "não tem nada a declarar, porque que quem deve responder são os rodoviários, que estão em negociação com as empresas". A reportagem não conseguiu contato com o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros (Setransbel).