Argentina recupera-se da "montanha russa" de emoções contra a Nigéria

Seleção de Messi e Mascherano enfrenta a França neste sábado

Publicado em 27/06/2018 - 14:41 Por Monica Yanakiew - Repórter da Agência Brasil - Buenos Aires

Os argentinos ainda estão se recuperando da montanha russa de emoções que foi o jogo de terça-feira (26), no qual a vitória sobre a Nigéria garantiu a passagem da seleção vencedora dos Mundiais de 1978 e 1986 para as oitavas de final. Muito disputada, a partida deixou milhares de torcedores com o coração na boca, entre eles o ex-jogador e ex-treinador da Argentina Maradona. Nesta quarta-feira (27) Maradona usou as redes sociais para assegurar que está bem de saúde e não foi hospitalizado.

Em sua conta no Instagram, Maradona postou uma foto em que aparece sendo atendido por médicos, no estádio russo, onde assistia ao jogo. A imagem circulou imediatamente após as cenas de comemoração da vitória argentina, por  2 a 1 contra a Nigéria. “Quero lhes contar que estou bem, que não estou, nem estive internado”, disse o ex-campeão argentino.

Agora a seleção tem apenas quatro dias de descanso para se recuperar e enfrentar o novo desafio: o jogo contra a França, no sábado (30). E já parecem superadas as diferenças entre os jogadores e o técnico Jorge Sanpaoli sobre quem joga, em que posição e com qual estratégia.

Soccer Football - World Cup - Group D - Nigeria vs Argentina - Saint Petersburg Stadium, Saint Petersburg, Russia - June 26, 2018   Argentina's Lionel Messi celebrates scoring their first goal    REUTERS/Jorge Silva
Messi comemora gol contra a Nigéria (Reuters/Jorge Silva/Direitos Reservados)

Depois das duas primeiras derrotas, que quase deixaram a Argentina fora da Copa, e uma discussão, chegou-se a um acordo: as decisões serão tomadas em conjunto entre o técnico Sampaoli e os jogadores “históricos” – principalmente Lionel Messi e Javier Mascherano.

“Não é verdade que Messi e Mascherano estão tomando 100% das decisões e que o Sampaoli é apenas uma figura decorativa”, assegurou Sergio Danishewsky, editor de esporte do jornal argentino Clarín, em entrevista à Agêcia Brasil. “Houve um pacto entre eles, de se falarem mais e pensarem juntos.”

Segundo Danishewsky, outro desafio da seleção argentina é a idade dos jogadores, que, em média, é mais alta que a dos outros times que disputam esta Copa. Os franceses, além de mais jovens, terão mais tempo para descansar até o sábado. Os argentinos apenas quatro dias.

"Copa começa agora"

O engenheiro Pablo Fontanelli – torcedor fanático do time Boca Juniors e da seleção argentina – confessa que tinha perdido as esperanças.

“Desejar a vitória é uma coisa; iludir-se é outra – e, até agora, todos os fatos me mostravam que estávamos a caminho de uma derrota”, disse Fontanelli. “Mas, no jogo com a Nigéria, senti que os jogadores saíram daquele poço de desânimo e colocaram o coração no jogo. Para mim, a Copa começa agora.”

 

Edição: Nádia Franco

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