logo Agência Brasil
Saúde

Vacinação reduziu risco de surto de febre amarela no Rio em 2019

Léo Rodrigues - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 26/01/2019 - 15:42
Rio de Janeiro
Cerca de 3,5 milhões de doses de vacina contra a febre amarela foram enviadas ao Brasil pelo Grupo de Coordenação Internacional para Fornecimento de Vacinas
© Foto: OMS/ONU

A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) avaliou que o risco de um novo surto de febre amarela no estado é baixo, uma vez que a cobertura vacinal foi ampliada nos últimos anos. Em 2019, ainda não há nenhum caso registrado. Mesmo que a doença reapareça neste ano no estado, o órgão acredita que a transmissão não ocorreria com a mesma intensidade observada nos últimos dois anos, quando dezenas de pessoas morreram.

"Nos últimos três anos, saímos de quase zero de cobertura vacinal. Tínhamos 0,5% de cobertura no estado, pois não éramos área de transmissão de febre amarela", disse o subsecretário de Vigilância em Saúde, Alexandre Chieppe. Segundo ele, atualmente cerca de 80% da população do Rio de Janeiro está imunizada e a meta é chegar a 90 ou 95% esse ano.

A febre amarela é uma doença de surto que atinge grupos de macacos e humanos e é causada por um vírus da família Flaviviridae. Em áreas rurais e silvestres, ela é transmitida pelos mosquitos Haemagogus e Sabethes. Em área urbana, pode ser propagada pelo Aedes aegypti, o mesmo da dengue, da zika e da chikungunya. No entanto, segundo o Ministério da Saúde, o surto ocorrido nos últimos anos se deu por transmissão silvestre e não há registros no Brasil de ocorrência da doença em meios urbanos desde 1942.

Chieppe assegura que, no interior do estado, em municípios próximos às áreas mais suscetíveis à propagação da febre amarela, a campanha de vacinação foi bem sucedida. "É nosso desafio vacinar o restante da população, porque na região metropolitana é difícil. As pessoas não se percebem em situação de risco".

Além da campanha de vacinação, a SES-RJ mantém um monitorando diário de casos suspeitos e de mortes de macacos. "Não dá pra dizer que não existe a possibilidade de transmissão de febre amarela, mas certamente se ocorrer será numa intensidade infinitamente menor do que nos últimos dois anos", acrescentou o subsecretário.