Polícia prende quarto acusado de participar de roubo de ouro em SP
Um quarto suspeito de participação no roubo de 718 quilos de ouro foi preso hoje (3), segundo informações da 5ª Delegacia de Patrimônio de São Paulo. O crime ocorreu no terminal de cargas do Aeroporto Internacional Franco Montoro, em Guarulhos (SP), na última quinta-feira (25).
De acordo com a polícia, pelo menos dez pessoas participaram do crime. A Justiça prorrogou as prisões temporárias de três suspeitos de participação no roubo.
Dois acusados foram presos no último domingo (28) e o terceiro foi detido em flagrante, segundo a polícia, com um carregador de fuzil e munição. Ele teria oferecido apoio logístico para passar a carga roubada dos carros usados no assalto para outros veículos.
O roubo
O grupo chegou ao aeroporto por volta das 14h30 do dia 25 em dois carros disfarçados de viaturas da Polícia Federal. Fortemente armados, os homens renderam funcionários que faziam a manipulação da carga e os obrigaram a transferir o ouro para uma das caminhonetes. A entrada dos ladrões foi facilitada por um supervisor de logística que havia sido rendido na noite anterior.
Na manhã do dia 24, o funcionário foi fechado no trânsito enquanto levava a esposa ao trabalho, na região da Avenida Jacu-Pêssego, zona leste paulistana. A ação foi feita por um veículo caracterizado de ambulância, de onde desceu um criminoso que rendeu o supervisor e obrigou a mulher a entrar no veículo usado pelos criminosos. O ladrão explicou que a esposa permaneceria como refém e ele seria obrigado a auxiliar o grupo no roubo.
No final daquela mesma tarde, o funcionário teve um novo encontro com os criminosos, quando foi levado à própria casa e teve toda a família feita refém: a sogra, o cunhado, a cunhada, os dois filhos e uma criança da vizinhança. No dia seguinte, ele foi levado junto aos criminosos para realizar a ação.O metal, dividido em 31 malotes, tinha como destino Nova York, nos Estados Unidos, e Toronto, no Canadá.
Após a ação no aeroporto, o grupo foi até um estacionamento em São Miguel Paulista, zona leste da capital, onde transferiu o ouro para outros dois carros encontrados pela polícia. Nenhum dos veículos usados no crime consta como roubado. A polícia suspeita que eles tenham sido comprados no interior do estado por meio de fraudes. Outros dois veículos também foram abandonados pelos ladrões e não se sabe como o ouro foi transportado a partir de então.
Depois do roubo, a esposa do supervisor foi liberada em Itaquaquecetuba, município da parte leste da Grande São Paulo. O funcionário também foi libertado ileso.