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Vôlei sentado do Brasil chega a Lima em busca de vaga para Tóquio

Vencedores do Parapan garantem classificação para próxima Paralimpíada
Fábio Lisboa e Lincoln Chaves - Da TV Brasil
Publicado em 15/08/2019 - 18:11
Rio de Janeiro
Seleção brasileira feminina de vôlei sentado - Divulgação/CPB
© Divulgação/CPB
Brasil perde o bronze para o Egito no vôlei sentado masculino
© Reuters/Ueslei Marcelino/Direitos Reservados

As equipes masculina e feminina de vôlei sentado do Brasil chegam aos Jogos Parapan-Americanos de Lima em busca de medalhas de ouro que também garantem a classificação para a próxima edição dos Jogos Paralímpicos, em Tóquio, no ano que vem.

Isto acontece porque no Parapan, que ocorre entre 23 de agosto e 1º de setembro, os campeões do vôlei sentado carimbam o passaporte para os Jogos de Tóquio.

Favoritismo entre os homens

Entre os homens, o Brasil pode ser considerado um favorito, pois tem três medalhas de ouros em Parapans. Esta trajetória de conquistas começou na edição de 2007, no Rio de Janeiro. “Em 2007 o objetivo era vencer os Estados Unidos. Na primeira fase perdemos para eles por 3 a 0. Isso foi algo que me machucou muito. E na final foi algo muito legal, pois começamos perdendo por 2 a 0 e fomos buscar dentro de casa. É uma experiência muito linda. O Parapan do Rio abriu muitas portas para o paradesporto. Tudo que conquistamos com o vôlei começou em 2007”, afirma o jogador Gilberto da Silva, o Giba do vôlei sentado.

Com um retrospecto tão positivo o técnico da seleção masculina, Célio Mediato, tem uma preocupação, evitar a acomodação: “A minha grande preocupação é com a acomodação. Isto porque muitos jogadores já estiveram em 2007, 2011 e 2015. Ainda mais com a seleção dos EUA estando em franca evolução, quero alertar meus atletas para não nos acomodarmos. Não é fácil”.

Mulheres buscam ouro inédito

A equipe feminina vive um momento diferente. Não tem que lidar com o risco da acomodação, mas ainda luta pelo ouro inédito em parapans. E o maior adversário é a equipe norte-americana, que derrotou o Brasil na decisão dos Jogos de Toronto, em 2015.

“Os Estados Unidos têm a principal equipe. Que dá aquele medinho ainda. Mas podemos chegar lá e mostrar para elas que treinamos para isto. Que é para conquistar mesmo o ouro”, afirma a jogadora Adria Jesus.

E a possibilidade de conquista da vaga nos Jogos de Tóquio pode funcionar como uma motivação extra na busca do ouro inédito, diz a jogadora Pâmela Pereira: “Temos que chegar de cabeça erguida e mostrar o que estamos treinando. E mostrar que viemos forte para buscar nossa vaga para Tóquio”.

Semelhanças com o vôlei convencional

O vôlei sentado surgiu na década de 1950. Mas chegou ao Brasil apenas nos anos 2000. A modalidade apresenta semelhanças com o vôlei convencional. Em ambos a disputa é em até 5 sets, e também há seis jogadores de cada lado.

Contudo, no vôlei sentado, os atletas são divididos por classes. A classe D (de disable, em inglês) é para os amputados e com maior limitação de locomoção. Já a MD (de minimally disable, em inglês) é para jogadores com deficiência de menor comprometimento. Cada equipe só pode ter dois jogadores MD, e eles não podem estar em quadra ao mesmo tempo. A quadra tem 10 metros de comprimento por 6 de largura. Os saques podem ser bloqueados e atacados, e a altura da rede varia entre 1,15m, para os homens, e 1,05m, para as mulheres.

Assista também no programa Stadium da TV Brasil: