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Precatórios serão analisados cuidadosamente, diz Guedes

Ministro reafirmou compromisso com teto de gastos
Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 30/09/2020 - 17:37
Brasília
O ministro da Economia, Paulo Guedes, durante cerimônia de posse do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, no Palácio do Planalto.
© Marcelo Camargo/Agência Brasil

Futuro programa de transferência de renda do governo, o Renda Cidadã não pode ser financiado por um “puxadinho”, disse hoje (30) o ministro da Economia, Paulo Guedes. Ele reafirmou o compromisso com o teto de gastos e assegurou que o programa será financiado com uma fonte permanente de recursos.

O ministro aproveitou entrevista coletiva sobre a criação de empregos em agosto para falar sobre a proposta de financiamento do Renda Brasil. Ele disse ser necessário prestar um esclarecimento para “baixar o barulho” em torno da proposta, acrescentando que o governo e o Congresso têm trabalhado cada vez mais afinados em torno do tema.

Embora agentes do mercado financeiro tenham entendido que a proposta de usar até R$ 38 bilhões de recursos destinados aos precatórios para custear o Renda Cidadã configura uma fonte transitória de recursos, Guedes disse que os recursos serão obtidos não com o calote aos recebedores dos precatórios, mas por meio de um pente fino que reduzirá os gastos com essa despesa.

“Os precatórios são uma despesa que apresenta crescimento explosivo. Aparentemente, há uma indústria de precatórios no Brasil”, disse Guedes. “Esse gasto está sendo examinado estritamente com foco no controle de despesas. Ninguém vai botar em risco a liquidação de dívidas. O governo vai pagar tudo. O que a gente está fazendo é analisar a despesa e passar uma lupa nas demais.”

“[O Renda Brasil] tem de ser financiado por uma receita permanente, não por um puxadinho, mas por um ajuste [em gastos obrigatórios]”, declarou Guedes. “Não estamos nos desviando dos nossos programas”, acrescentou.

Guedes negou que o futuro programa de transferência de renda fure o teto de gastos e disse ter apoio do presidente Jair Bolsonaro. “O Congresso continua promovendo reformas e o presidente Jair Bolsonaro está apoiando a política econômica”, declarou o ministro.