Onça-pintada ferida pelo fogo é reintroduzida na natureza no Pantanal

Anima passou por tratamento durante 36 dias

Publicado em 20/10/2020 - 22:43 Por Agência Brasil - Brasília

Uma onça pintada que foi resgatada com queimaduras no Pantanal foi reinserida na natureza nesta terça-feira (20), informou o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (Cenap/ICMBio). Batizado de Ousado, o animal ficou em tratamento durante 36 dias antes de ser solto em um local próximo de onde foi resgatado, segundo informações divulgadas na página do Facebook do Cenap/ICMBio.  

Quando foi resgatado, Ousado foi tratado no Instituto NEX, em Corumbá de Goiás (GO), com terapia de ozônio e lazer, o que permitiu a recuperação do animal que recebeu alta ontem (19). Na segunda-feira, a onça foi anestesiada e recebeu um colar GPS-Satélite para monitoramento. Segundo a Cenap/ICMBio, o colar vai permitir avaliar e informar os pesquisadores sobre a readaptação de Ousado em seu meio ambiente, que foi muito impactado pelas queimadas, e permitirá uma análise de como as onças da região estão sobrevivendo. Segundo o centro, se for percebido alguma dificuldade de sobrevivência, o rádio-colar também permitirá que se tenha a localização precisa de Ousado, caso seja necessário recapturá-lo.

Para o preparativo de soltura da onça-pintada, assim como no trabalho de resgate e tratamento, o Cenap/ICMBio teve a parceria da Ampara Animal, Secretaria do Meio Ambiente do Mato Grosso, Universidade Federal do Mato Grosso, Panthera e Pantanal Relief Fund. Nesta terça-feira, Ousado foi transportado via terrestre até Porto Jofre, cidade mato-grossense inserida no bioma do Pantanal, e levado de bardo até o local onde foi solto. Segundo o centro, a onça será acompanhada de perto por guias locais e pesquisadores nos primeiros dias para uma avaliação direta, enquanto os dados do colar serão avaliados pela equipe do Cenap/ICMBio.

"A volta do Ousado para casa simboliza o esforço de todos que trabalharam no combate aos incêndios florestais e no resgate da fauna afetada", diz a postagem do Cenap/ICMBio no Facebook.

Edição: Fábio Massalli

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