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Internacional

OEA observa eleições presidenciais em El Salvador

Quase cinco milhões de eleitores de El Salvador foram convocados a
Leandra Felipe - Correspondente da Agência Brasil/EBC
Publicado em 02/02/2014 - 15:26
Bogotá

Quase cinco milhões (4.955.107) de eleitores de El Salvador foram convocados a participar neste domingo (2) do processo eleitoral que elegerá um novo presidente para o país. As eleições são acompanhadas por 62 observadores da Organização dos Estados Americanos (OEA), que apresentaram sábado (1) um relatório em que descartaram “possibilidade de fraude”.

As sessões eleitorais foram abertas há cerca de quatro horas. Embora tenha ocorrido atraso na abertura de alguns locais de votação, a eleição acontece sem “registro de problemas ou incidentes maiores”, segundo o Supremo Tribunal Eleitoral do país.

Os principais candidatos na disputa são o esquerdista e governista Sánchez Cerén, da Frente Farabundo Martí para a Libertação Nacional (FMLN), atual vice-presidente; e o opositor Norman Quijano, prefeito da capital São Salvador, representante da Aliança Republicana Nacionalista (Arena), movimento de direita.

Sánchez Cerén aparece como favorito nas pesquisas de intenção de voto, mas Norman Quijano ocupa a segunda posição. Para analistas, pelo desempenho dos dois candidatos durante a campanha, um segundo turno não está descartada.

A polícia e o Exército organizaram um esquema especial de segurança para o processo eleitoral nas 10.464 seções eleitorais espalhadas pelos 262 municípios do país.

O Supremo Tribunal Eleitoral anunciou que pretende divulgar o resultado preliminar da eleição por volta das 22h (2h da madrugada de segunda-feira no horário brasileiro de verão).

A FMLN é oriunda da guerrilha, com mesmo nome, que participou de um conflito interno no país entre 1980 e 1992. Mais de 75 mil pessoas foram mortas ou desapareceram no conflito, que terminou em janeiro de 1992, após firmado um acordo de paz. A Frente abandonou as armas e se transformou em partido político de esquerda e em 2009 chegou ao poder com o atual presidente Maurício Funes.

A frente aposta na continuidade, e durante a campanha tentou convencer a população a manter o “caminho escolhido de um governo justo voltado para a população”.

Por outro lado, a oposição, liderada por Quijano, mostrou denuncias de corrupção e o baixo crescimento do país durante a gestão Fontes-Cerén.