Otan pede à Rússia "maior transparência e previsibilidade" em atividades aéreas
O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, pediu hoje (1º) ao governo russo “maior transparência e previsibilidade” em sua atividade aérea nas fronteiras dos países aliados – como Portugal, onde a Força Aérea interceptou, em outubro, quatro bombardeiros russos.
“Tudo o que contribua para uma maior transparência, maior previsibilidade, será de grande importância e reduzirá o risco de acidentes e incidentes que possam ficar fora de controle”, sublinhou Stoltenberg, em entrevista coletiva.
O secretário-geral da Otan destacou também o “aumento substancial” do número de voos militares russos nas fronteiras aliadas, especialmente na zona do Mar Báltico, lembrando que já houve registro de episódios de violação do espaço aéreo.
Os voos militares russos – em que os aviões bombardeiros não se identificam, nem dão informação sobre o plano de voo – têmtorando obrigatória a intervenção de caças aliados para interceptar as aeronaves. Em outubro, por exemplo, caças F-16 da Força Aérea Portuguesa interceptaram aviões russos sobrevoando o espaço aéreo internacional sob jurisdição portuguesa.
Em ambos os casos, as aeronaves russas eram bombardeiros Tupolev-95, que foram escoltados para fora do referido espaço aéreo.
Os Tupolev-95 interceptados em 29 de outubro estavam a 100 milhas da costa portuguesa (185 quilômetros de Peniche), enquanto os outros dois do mesmo modelo interceptados dois dias depois pelos F-16 portugueses encontravam-se a 90 milhas (170 quilômetros) da cidade do Porto.
