Renzi pede clareza nas investigações de assassinatos em tribunal de Milão

Publicado em 09/04/2015 - 19:00 Por Giselle Garcia - Correspondente da Agência Brasil/EBC - Copenhague

O primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, pediu agilidade e clareza nas investigações sobre as falhas de segurança que permitiram que um homem armado matasse, a tiros, três pessoas hoje (9), no Palácio da Justiça, em Milão. “É impensável que uma pessoa armada entre em uma corte de Justiça. Não é a primeira vez que acontece, mas tem que ser a última”, afirmou Renzi.

O homem, identificado como Claudio Giardello, que está sendo julgado por falência fraudulenta, entrou no tribunal atirando contra seu advogado, que tinha deixado o caso, e contra outro réu. Depois, invadiu a sala do juiz de Falências, Fernando Ciampi, e disparou contra ele. Ao todo, Giardello deu 13 tiros, antes de fugir do local em uma motocicleta. Houve grande mobilização policial. Ele foi preso na cidade de Vimercate, no Norte da Itália.

A advogada Stefania Fiocchi, que estava no prédio na hora dos tiros, disse que as pessoas começaram a correr, apavoradas, e buscaram abrigo nas salas, até que a polícia as socorresse.

O incidente levanta dúvidas sobre a segurança dos prédios públicos em Milão. Ainda não está claro como o atirador conseguiu entrar armado no tribunal, que tinha detectores de metal, deslocar-se e fugir, sem ser abordado.

Segundo o promotor Edmondo Bruti Liberati, o atirador entrou no prédio com uma identificação falsa, por uma entrada reservada para advogados e empregados, onde não há detector de metais. Uma investigação foi aberta para determinar os responsáveis pelas falhas na segurança.

Edição: Stênio Ribeiro

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