Atentados em Paris: mais um detido na Bélgica; Exército fica na rua até janeiro

Publicado em 24/12/2015 - 10:28 Por Da Agência Lusa - Bruxelas

Mais um suspeito de envolvimento nos atentados de Paris foi detido na Bélgica, um dia depois de o Conselho de Ministros belga ter decidido manter 700 militares nas ruas até 20 de janeiro. A decisão de manter militares nas ruas surgiu após um parecer do Comitê Estratégico de Inteligência e Segurança que estabeleceu o nível de ameaça em três - em uma escala que vai até quatro.

O suspeito detido hoje chama-se Abdullah C., nasceu em 1985 e tem nacionalidade belga, segundo o comunicado do Ministério Público belga. O detido foi indiciado por “envolvimento em ataques terroristas e participação em atividades em grupo terrorista".

Segundo o Ministério Público (MP) belga, citado pela agência France Presse, o suspeito esteve em contato telefônico com o primo de Abdelhamid Abaaoud, apontado como o "cérebro" dos ataques de 13 de novembro, que mataram 130 pessoas.

As autoridades registraram vários telefonemas entre o suspeito e Hasna Aitboulahcen "após os ataques terroristas e antes do ataque ao [estádio] Saint-Denis", informou um porta-voz do MP Eric Van der Sypt.

No início de dezembro, foram presos Samir Z., francês, nascido em 1995 e o belga Pierre N., nascido em 1987. Os dois eram moradores no bairro de Molenbeek, em Bruxelas.

Logo após os ataques, a justiça belga indiciou Mohammed Amri e Hamza Attou, próximos a Salah Abdeslam, um dos principais suspeitos.

Outro acusado, Ali Oulkadi teria conduzido Salah Abdeslam de Paris até a capital belga, e no veículo de Lazez Abraimi, outro detido, foi encontrado sangue e duas armas.

A polícia deteve ainda Abdellah C, sobre quem não foram divulgados mais detalhes, e Mohamed Bakkali, inquilino de uma casa suspeita de ter servido de esconderijo e que está localizada numa pequeno bairro da região belga de Namur, no sul do país.

O Órgão de Coordenação de Análise de Ameaças realizará nova avaliação do nível de ameaça global para preparar o trabalho do Comitê Estratégico de Inteligência e Segurança. A avaliação será divulgada na reunião do conselho de ministros na quarta-feira.

Edição: Lílian Beraldo

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