Confrontos na Caxemira deixam 11 mortos após queda de líder islâmico
Pelo menos 11 pessoas morreram e outras 200 ficaram feridas nas últimas horas nos confrontos entre manifestantes e policiais no estado de Jammu e Caxemira, disputado pela Índia e pelo Paquistão.
As manifestações começaram depois que Burhan Wani, um comandante do Hizbul Mujahideen, maior grupo islâmico da Caxemira, foi morto na sexta-feira (8), junto a outros três extremistas.
Segundo a polícia local, 96 oficiais de segurança estavam entre os feridos nos confrontos, enquanto outros três oficiais desapareceram. As forças de segurança de Jammu e Caxemira pediram aos manifestantes que parassem com a violência.
“Certamente não queremos matar jovens em nossa própria sociedade. O objetivo é impedir a perda de vidas”, disse o chefe de inteligência da polícia, Shiv M. Sahai, citado pelo canal Ndtv.
O Hizbul Mujahideen é um grupo separatista fundado em 1985, em atividade no estado indiano de Jammu e Caxemira, e considerado organização terrorista pela Índia, Estados Unidos e União Europeia.
A região de Jammu e Caxemira é contestada pela Índia e pelo Paquistão desde o fim do controle britânico, em 1947. Após vários conflitos armados, os dois países chegaram a um acordo para cessar-fogo em 2003. Desde então, ambos lados vêm acusando o outro de violar a trégua.