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Internacional

Americanos em Lisboa fazem vigília pela democracia

Marieta Cazarré - Correspondente da Agência Brasil
Publicado em 20/01/2017 - 06:57
Lisboa

Americanos se reúnem hoje (20), a partir das 17h (hora local) em Lisboa, em vigília pela democracia. O evento ocorre no dia da posse de Donald Trump na presidência dos Estados Unidos e tem, segundo a organização, dois motivos: expressar gratidão a Obama e preocupação quanto ao futuro da política americana.

A vigília está prevista para ocorrer entre as 17h e as 19h no Largo do Carmo, na capital portuguesa. Cidadãos americanos e apoiadores estrangeiros acenderão velas com o objetivo de “chamar a atenção para a necessidade de vigilância do futuro político dos Estados Unidos e a sua adesão aos princípios democráticos durante a administração do presidente eleito Donald Trump”, diz comunicado feito pela organização Democrats Abroad Portugal (Democratas Estrangeiros em Portugal, em tradução livre).

De acordo com o presidente da organização, Patrick Siegler-Lathrop, o encontro, denominado “Vigília Americana Pela Democracia”, pretende agradecer ao ex-presidente Barack Obama pela melhoria da situação interna dos Estados Unidos, conquistada nos últimos oito anos de sua administração. Patrick afirma que Obama reergueu a economia americana após a crise financeira de 2008, com 75 meses de crescimento contínuo do emprego, permitindo acesso a cuidados de saúde para milhões de pessoas e assumindo um papel de liderança em acordos internacionais no combate ao aquecimento global.

Manifestações similares à vigília estão marcadas em diversas cidades do mundo, não apenas nos Estados Unidos. De acordo com nota da organização, eventos simultâneos, “alguns dos quais também se opõem à ascensão da política de extrema-direita na Europa, estão planejados em Paris, Londres, Amsterdã, Berlim, Praga e outros lugares do mundo”.

"Para os americanos no exterior, é particularmente importante continuar envolvidos no processo político do país e mostrar ao mundo que vamos examinar e responder às ações de um governo cujos primeiros sinais têm sido muito preocupantes", diz um dos organizadores, Misha Pinkhasov, consultor e escritor, que vive em Portugal desde 2014.

A estimativa da organização é de que aproximadamente 100 pessoas, de diversas nacionalidades, compareçam à vigília.