Escassez de água deve afetar 660 milhões de crianças até 2040, diz Unicef

Publicado em 22/03/2017 - 13:03 Por Da ONU News - Nova York (EUA)

Quixadá - Estiagem no reservatório conhecido como Açude da Pista, que abastecia moradores da comunidade Engano, no distrito de Riacho Verde, em Quixadá, sertão central do Ceará.

Mais de 800 crianças com menos de cinco anos morrem diariamente de diarreia porque não têm acesso à água potável, saneamento básico e condições adequadas de higiene, diz Unicef Fernando Frazao/Agência Brasil

O Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, alertou hoje (22) que 660 milhões de crianças vão viver em regiões com escassez de água até 2040. O relatório "Sede do Futuro: Água e Crianças num Clima em Mudança" foi lançado esta quarta-feira para marcar o Dia Mundial da Água, este 22 de março. As informações são da ONU News.

O documento analisa as ameaças à vida e ao bem-estar das crianças causadas pelo esgotamento das fontes de água potável e a forma como as mudanças climáticas vão intensificar esses riscos no futuro. O relatório afirma ainda que atualmente mais de 660 milhões de pessoas no mundo não têm acesso a recursos hídricos adequados e quase 1 milhão fazem suas necessidades a céu aberto.

Mais de 800 crianças com menos de cinco anos morrem diariamente de diarreia porque não têm acesso à água potável, saneamento básico e condições adequadas de higiene. Segundo os especialistas do Unicef, mulheres e meninas gastam 200 milhões de horas carregando baldes de água todos os dias no mundo inteiro.

Impactos

O relatório diz ainda que o impacto das mudanças climáticas pode ser evitado e faz uma série de recomendações. Entre elas, pede que os governos planejem as alterações na disponibilidade e demanda de água pelos próximos anos.

É preciso, acima de tudo, diz o documento, dar prioridade ao acesso de crianças consideradas mais vulneráveis à água potável. As ameaças climáticas devem ser integradas em todas as políticas de serviços relacionados com água e saneamento.

Para o Unicef, os investimentos devem ter como prioridade as populações de alto risco. As indústrias têm de trabalhar com as comunidades locais para prevenir contaminação e as comunidades devem explorar maneiras de diversificar as fontes de água e aumentar a capacidade de armazenamento.

Edição: Graça Adjuto

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