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Internacional

Parlamento escocês aprova referendo sobre independência do país do Reino Unido

Da Agência DPA
Publicado em 28/03/2017 - 16:35
Edimburgo
A primeira-ministra escocesa, Nicola Sturgeon, comemora a aprovação do referendo: “o povo escocês deveria ter o direito de escolher entre o Brexit ou converter-se em um país independente
© "ROBERT PERRY/EPA/ Agência Lusa

 o povo escocês deveria ter o direito de escolher entre o Brexit ou converter-se em um país independente"

A primeira-ministra da Escócia, Nicola Sturgeon, comemora a aprovação do referendo: “o povo escocês deveria ter

direito  de  escolher  entre  o  Brexit  ou converter-se em um país independente"  Robert Perry/EPA/ Agência Lusa

O Parlamento escocês votou hoje (28) a favor da realização de um segundo referendo para promover a independência do país do Reino Unido, diante da perspectiva de que a região fique fora da União Europeia (UE), apesar de a maioria dos escoceses ter votado contra o "Brexit". As informações são da agência de notícias alemã DPA.

Por 69 a 59 votos, os deputados deram à primeira-ministra escocesa, Nicola Sturgeon, o mandato para solicitar a Londres a celebração da consulta popular. A votação estava prevista inicialmente para a semana passada, mas foi adiada devido ao atentado ocorrido em Londres.

"Brexit duro"

Um das razões para a Escócia convocar um novo referendo sobre a independência está relacionada com o "Brexit duro" que Londres planeja. A Escócia esperava poder permanecer ao menos dentro do mercado comum europeu, mas a primeira-ministra britânica Theresa May já anunciou que retirará todo o país desta união econômica e política. Em troca, prometeu a concessão de mais competências para a Escócia. Brexit, como ficou conhecido o processo de saída do Reino Unido da União Europeia, é a abreviação das palavras em inglês Britain (Grã-Bretanha) e exit (saída)

"A Escócia, como o resto do Reino Unido, se encontra em uma encruzilhada", disse hoje no Parlamento a primeira-ministra Nicola Sturgeon, líder do Partido Nacional Escocês. “Quando amanhã (29) se ativar o Brexit, haverá uma mudança inevitável para a Escócia, com um  impacto no comércio, nos investimentos, no nível de vida e na natureza da sociedade em que vivemos", advertiu.

"Tais mudanças não deveriam ser impostas encima da Escócia”, alegou Nicola. “O povo escocês deveria ter o direito de escolher entre o Brexit ou converter-se em um país independente, capaz de traçar seu próprio caminho e gerar uma verdadeira colaboração com iguais além dessas ilhas."