Israel reabre Esplanada das Mesquitas após dois dias de fechamento
A Esplanada das Mesquitas de Jerusalém reabriu suas portas neste domingo (16) após mais de 48 horas de fechamento. Foram instalados detectores de metal como uma das medidas de segurança impostas pelo governo depois do ataque de sexta-feira na Cidade Antiga.
"(A mesquita de) Al Aqsa foi reaberta para muçulmanos residentes em Jerusalém e visitantes", disse à agência de notícias EFE o porta-voz da polícia israelense, Micky Rosenfeld, que indicou que "o acesso ao Monte do Templo (denominação judaica para a Esplanada das Mesquitas) será permitido gradualmente".
As medidas de segurança adicionais, entre elas o fechamento do recinto, representam uma resposta ao ataque de sexta-feira perto do Portão dos Leões da Cidade Antiga, no leste ocupado de Jerusalém, onde três árabes-israelenses abriram fogo contra dois agentes da polícia de Israel, que morreram posteriormente por causa dos ferimentos. Os três agressores também morreram, atingidos por disparos das forças de segurança.
Hoje, após a reabertura, funcionários do Waqf (autoridade do patrimônio islâmico encarregada pela segurança do recinto sagrado), se negaram a passar pelos detectores de metal, segundo informou a porta-voz policial Luba Samri em um comunicado, no qual acrescentou que "não haverá discriminação por idade" para permitir a entrada ao recinto.
O ministro de Segurança Pública de Israel, Gilad Erdan, indicou horas antes a uma emissora de rádio do Exército que alguns dos portões destinadas ao acesso dos muçulmanos "continuarão fechados hoje" e acrescentou que pretende instalar detectores de metal "o mais rápido possível".
"As portas (com detectores) servirão para prevenir qualquer ataque como o de sexta-feira", afirmou Rosenfeld, que reconheceu não saber ainda o número exato de dispositivos instalados, mas confirmou que Israel aumentará as unidades policiais nos arredores da Esplanada e na Cidade Antiga, além das câmeras de vigilância.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou que "tomaria todas as ações necessárias para manter a segurança no Monte do Templo".
A ampla esplanada abriga a Mesquita de Al Aqsa e o santuário do Domo da Rocha, e é considerada o terceiro lugar mais sagrado do islã, enquanto que é o primeiro para o judaísmo, que o denomina como Monte do Templo e em cujos pés fica o Muro das Lamentações.