Submarino desaparecido está em fase "crítica" de oxigênio, diz Marinha argentina

O submarino desapareceu há uma semana com 44 tripulantes a bordo

Publicado em 22/11/2017 - 13:43 Por Da EFE* - Buenos Aires

O porta-voz da Marinha da Argentina, capitão Enrique Balbi, fala sobre os trabalhos de busca ao submarino desaparecido há uma semana (EFE/Direitos Reservados)

O porta-voz da Marinha da Argentina, capitão Enrique Balbi, fala sobre os trabalhos de busca ao submarino desaparecido há uma semanaEFE/David Fernández/Direitos Reservados

A Marinha da Argentina advertiu hoje (22) que o submarino desaparecido há uma semana com 44 pessoas a bordo entrou em uma fase "crítica" quanto à disponibilidade de oxigênio e informou que, por enquanto, não foi estabelecido "nenhum tipo de contato" com a embarcação.

Em entrevista coletiva, o capitão Enrique Balbi, porta-voz da força naval, revelou que na terça-feira (21) à tarde um navio americano tinha avistado dois sinalizadores brancos e um laranja na área de busca do ARA San Juan, por isso foram enviadas outras três unidades marítimas e uma aeronave.

No entanto, após rastrear a área de forma acústica com sonares e com imagens térmicas em infravermelho, além de um "detector de anomalias magnéticas", foi comprovado que não há "nenhum tipo" de indício para comprovar que os artefatos foram lançados do submarino.

imagem de arquivo do submarino no mar

Submarino argentino está desaparecido há uma semanaArquivo/ Divulgação/Marinha da Argentina

"Estamos na parte crítica em relação ao oxigênio, supondo que não tem capacidade de chegar a superfície e poder renová-lo", afirmou Balbi, que insistiu que não se descarta que o submarino tenha conseguido sair da imersão, por isso continuam na "fase de busca e resgate".

O porta-voz da Marinha disse que esta quarta-feira, quando se completa uma semana desde que o ARA San Juan se comunicou pela última vez, é "um dia ótimo" para a exploração aérea e marítima graças à melhora das condições climáticas, embora na amanhã (23) a situação "comece a se complicar novamente".

"Não posso fazer conjecturas, não temos indícios", afirmou Balbi, antes de insistir que está sendo feito um esforço "humanamente muito grande" e com a "mais alta tecnologia" de países estrangeiros. Ele isso pediu às famílias dos 44 tripulantes que mantenham a esperança.

Além de cerca de 20 equipes marítimas e aéreas nacionais, colaboram na operação com meios materiais e humanos países de todo o mundo, como Estados Unidos, Reino Unido, Brasil, Chile, Colômbia, Peru, Uruguai, França e Espanha.

O último paradeiro conhecido do submarino foi área do Golfo San Jorge, na Patagônia, a 432 quilômetros do litoral, onde a embarcação seguia seu caminho desde a base naval da província de Ushuaia a Mar del Plata, no sul de Buenos Aires, aonde deveria ter chegado na segunda-feira (20).

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