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Internacional

Argentinos protestam contra aumento das tarifas de serviços públicos

Agência EFE
Publicado em 19/04/2018 - 06:23
Buenos Aires
Agência EFE
Protesto na Argentina

Organizações sociais, sindicais e políticas argentinas fizeram nessa quarta-feira (18) um protesto na capital e em todas as províncias contra o aumento dos preços das tarifas de serviços públicos.

Panelas e assobios foram ouvidos durante a tarde em diferentes pontos do país. O líder nacional do Partido Obrero, Néstor Pitrola, um dos que se juntaram ao protesto, afirmou à Agência EFE que uma situação "explosiva" está se desenvolvendo.

Para ele, o protesto é a consequência de "como o povo está vivendo esta depressão das tarifas do governo".

Segundo o líder do Partido Obrero, o aumento dos preços "atinge enormemente" a população, e na inflação que vive o país, existem, além disso, motivações como o "preço desregulado" dos combustíveis e a "desvalorização monetária no final do ano".

Lugares como Escobar, Lujan, Olivos - em frente à vila onde reside Macri - e Munro, todos na província de Buenos Aires, assim como Rosario, Santa Fé e Córdoba, foram alguns dos principais focos da manifestação.

Na cidade de Buenos Aires, bairros como Villa Crespo e La Boca também registraram concentrações.

O Obelisco não foi o local mais movimentado, mas cerca de 100 pessoas se concentraram na área para expressar a insatisfação com as decisões do governo.

Em março, as autoridades anunciaram que as tarifas de gás natural, que já tinham aumentado 45% em dezembro, subiriam até 40%.

Os pedágios em estradas urbanas subiram no mesmo mês 13,4%, e as passagens de trens e ônibus urbanos, que já tinham sofrido aumento em fevereiro, subirão cerca de 12% no próximo domingo (22).

O governo vem fazendo recomposições tarifárias gradativas que colocam em risco a meta da inflação anual, estabelecida em 15% para 2018. A previsão inicial era de 10%.