Salvini adverte que não dará porto a ONGs que salvam imigrantes no mar

Publicado em 16/06/2018 - 08:30 Por Agência EFE - Roma

O ministro de Interior da Itália e líder da ultradireitista Liga Norte, Matteo Salvini, advertiu nesta segunda-feira que as ONGs que resgatam imigrantes no Mediterrâneo Central "deverão buscar outro porto para se dirigir" para desembarcar estas pessoas. 

O também vice-presidente da Itália informou no Facebook que "outras duas embarcações de ONGs com bandeira holandesa chegaram às águas do litoral da Líbia", referindo-se às embarcações humanitárias "Lifeline" e "Seefuchs". 

Salvini as acusou, como fez com as outras ONGs, de permanecer "à espera de carregar os seres humanos abandonados pelos traficantes de pessoas". 

"Que estes senhores saibam que a Itália já não quer ser cúmplice do negócio da imigração clandestina e, portanto, deverão buscar outros portos (não italianos) para se dirigir", disse em sua mensagem. 

Isto ocorre, segundo lembrou, enquanto a a embarcação Aquarius da ONG francesa SOS Méditerránee se dirige ao porto espanhol de Valência junto a duas embarcações da Marinha italiana depois que Malta e Itália se negaram a receber os 630 imigrantes que resgatados no fim de semana passado. 

"Como ministro e como pai, podem me atacar e me ameaçar como quiserem, mas não me rendo e faço isso pelo bem de todos", termina a mensagem, acompanhada pela hashtag "fechemos os portos". 

Com o novo Governo na Itália, dos populistas do Movimento Cinco Estrelas e a ultradireitista Liga, se impulsionou a estratégia de impedir a chegada aos seus portos às ONG que salvam vidas em alto-mar e só se aceitará os imigrantes resgatados pela Marinha italiana. 

Salvini considera que os traficantes em Libia se aproveitam da presença das ONG e se enriquecem mandando em balsas aos imigrantes que buscam chegar à Europa

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