Estado Islâmico reivindica ataque com faca na França
O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) reivindicou o ataque cometido hoje (23) por um indivíduo com uma faca na cidade francesa de Trappes, perto de Paris, no qual duas pessoas morreram e outras duas ficaram feridas.

O ataque foi realizado por um combatente do EI, segundo afirmou a agência Amaq, vinculada ao grupo jihadista, em comunicado difundido através da rede social Telegram.
"O ataque é uma resposta ao apelo de fazer atentados contra cidadãos (de países) da coalizão", afirmou o Estado Islâmico, em comunicado, cuja autenticidade não pôde ser verificada.
A polícia afirmou, em mensagem na sua conta do Twitter, que a operação em torno da rua Camille Claudel de Trappes tinha terminado e que o suspeito foi "controlado".
Fontes da Polícia, citadas pela emissora France Info, explicaram que o agressor apunhalou várias pessoas que passavam pela rua pouco antes das 9h (horário local, 4h em Brasília) e depois se refugiou em uma casa.
Pouco depois, o homem saiu do imóvel gritando "Alá é grande" e recebeu vários tiros das forças policiais, segundo o canal Bfmtv, que indicou que ele nasceu em 1982 e que era fichado pelos serviços secretos por apologia ao terrorismo.
O EI divulgou ontem a primeira mensagem em quase um ano de seu líder, Abu Bakr al Baghdadi, que, em um áudio de quase uma hora, fez uma apelo a seus seguidores para continuarem com a luta contra o inimigo.
França diz que agressor tem perfil de um desequilibrado
O ministro do Interior da França, Gérard Collomb, disse hoje que o homem que matou dois membros da sua família e feriu gravemente outra pessoa em Trappes, perto de Paris, tinha "problemas psiquiátricos e que a polícia dá prioridade à hipótese de um conflito familiar".
O agressor matou a mãe e a irmã, e feriu uma terceira vítima que não pertencia à família, disse o ministro.
Collomb detalhou que o criminoso "tinha problemas psiquiátricos" e que, embora fosse fichado por apologia ao terrorismo, responde mais ao perfil de um desequilibrado que ao de alguém "que responda a organizações terroristas".
O Estado Islâmico (EI) tinha reivindicado pouco antes que a agressão foi executada por um "combatente" desse grupo em resposta ao apelo para realizar atentados contra cidadãos (de países) da coalizão"
No entanto, as autoridades francesas encaram com prudência essa mensagem e, por enquanto, a Promotoria Antiterrorista não está à frente do caso.
O agressor, identificado como Kamel S., nasceu na cidade de Trappes em 1982 e, segundo o canal BFM TV", era depressivo e alcoólatra e tinha feito uma denúncia contra sua família por problemas em uma herança que acabou sendo arquivada por ser fantasiosa.
O ministro do Interior francês explicou que as forças da ordem estão analisando seu telefone e outras pertences para ter mais dados sobre as motivações e tentar esclarecer o conflito familiar. A Promotoria de Versalhes, nos arredores de Paris, comanda as investigações.
* Matéria alterada às 8h53 para acréscimo de informações