Grupo de Lima pede investigação imparcial sobre morte de vereador
Os países do Grupo de Lima (Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, México, Paraguai, Peru e Santa Lúcia) exigem que o governo da Venezuela investigue, de forma independente, a morte do vereador oposicionista Fernando Albán, que estava sob custódia policial.
"O Grupo de Lima pede ao governo da Venezuela que realize uma investigação imediata, imparcial e independente, com aval internacional, para esclarecer os fatos e as circunstâncias que ocasionaram esta terrível morte e adote as medidas apropriadas", exigiu.
O documento, assinado pela Argentina,o Canadá, Chile, a Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, o México, Paraguai, Peru e Santa Lúcia, expressa "profunda preocupação com a trágica morte" de Albán, do partido Primeiro Justiça, ocorrida na segunda-feira (8), "em circunstâncias ainda não esclarecidas".
O vereador da oposição foi preso nas dependências do Serviço Bolivariano de Inteligência por suposta responsabilidade no atentado fracassado contra o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, ocorrido no dia 4 de agosto.
A Promotoria venezuelana informou que o vereador, que supostamente teria feito o ataque, cometeu suicídio, atirando-se do 10º andar de um edifício da polícia quando seria levado para os tribunais.
Albán era vereador no município de Libertador, em Caracas, sede de todos os poderes públicos e território considerado reduto do chavismo governante.
Além disso, o Grupo de Lima reiterou sua condenação "à violação sistemática dos direitos humanos e liberdades fundamentais, a perseguição política e a existência de presos políticos".