França e Japão defendem aliança Renault-Nissan após detenção de Ghosn

Publicado em 20/11/2018 - 14:37 Por Agência EFE - Paris

O ministro de Economia e Finanças francês, Bruno Le Maire, e o seu correspondente japonês, Hiroshige Seko, deram nesta terça-feira (20) o apoio de seus Governos à aliança entre Renault e Nissan e à intenção de manter essa cooperação, após a crise deflagrada com a detenção do executivo Carlos Ghosn.

Assim afirmaram em uma conversa telefônica na qual expressaram o apoio a "um dos grandes símbolos da cooperação industrial franco-japonesa", segundo um comunicado conjunto divulgado hoje.

EPA9602. TOKIO (JAPÓN), 19/11/2018.- Foto de archivo del presidente de Nissan Motor, Carlos Ghosn, da una rueda de prensa en Tokio (Japón) el 20 de octubre de 2016. Las autoridades niponas se disponen a arrestar al presidente de Nissan Motor,
Foto de arquivo do presidente da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, Carlos Ghosn, de 20 de octubre de 2016 - EFE/ Kimimasa Mayama / direitos reservados

Presidente da aliança Renault-Nissan-Mitshubishi, Ghosn tem 64 anos e foi detido em Tóquio, por supostas irregularidades fiscais no país asiático.

O Conselho de Administração da Renault se reunirá hoje para abordar o escândalo, mas fontes da companhia francesa consultadas pela Agência EFE não esclareceram se nesse encontro será nomeado um presidente interino para substituir o empresário franco-brasileiro.

Os investidores temem que ocorra um vazio de poder na aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, assim como que os problemas judiciais de Ghosn possam repercutir e influenciar na sobrevivência dessa estrutura.

Bolsa de valores

As ações da montadora japonesa Nissan Motor fecharam nesta terça em baixa de 5,45% na Bolsa de Tóquio. O preço das ações da Nissan caiu até 950,7 ienes, embora tenha chegado a situar-se em 940 ienes, 6,5% abaixo do valor do final da sessão anterior.

Já as ações da Renautl, na Bolsa de Paris, tiveram a maior queda do pregão na segunda-feira, de 8,43%. Os títulos chegaram a despencar 14,1% durante o dia, mas recuperaram parte da forte desvalorização.

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