Terrorista de Estrasburgo não fazia parte de rede, diz governo francês

Publicado em 14/12/2018 - 08:24 Por Agência EFE - Paris

O jihadista que cometeu um atentado no mercado de Natal de Estrasburgo na terça-feira (11) e que foi abatido ontem à noite pela polícia em um bairro dessa mesma cidade na qual nasceu, não estava integrado em uma rede e não contou com apoio em sua fuga, segundo os primeiros dados da investigação.

"Nada indica que esteja integrado a uma rede", declarou hoje (14) o ministro do Interior francês, Christophe Castaner, que, em entrevista à emissora Europe 1, acrescentou que também não há sinais de que o autor do atentado tenha se beneficiado na sua fuga de "proteções particulares".

Castaner disse que os três policiais que trocaram tiros com Chérif Chekatt no bairro de Neudorf não o encontraram "por acaso" como alguns contaram, mas pelo trabalho "no terreno" realizado desde o primeiro momento pelas forças policiais.

"Desde o primeiro momento, a investigação se orientou ao seu bairro de origem e tudo nos faz pensar que não saiu dali depois que cometeu o atentado" no mercado de Natal, que se encontra no centro de Estrasburgo, disse Castaner, em alusão ao ataque que deixou três mortos e 13 feridos.

Sem dar detalhes, o ministro afirmou que foi uma  informação procedente de Neudorf que levou a polícia a efetuar ali uma operação que incluiu um helicóptero e patrulhas como a que cruzou com Chekatt ontem às 21h (horário local, 18h de Brasília).

Polícia matou autor de atentado

Em um primeiro momento, o terrorista disparou contra eles, mas eles, em seguida, "o abateram para se defender".

De acordo com fontes citadas pela imprensa, uma mulher percebeu ontem à tarde a presença de um homem que se parecia com o terrorista, que estava ferido em um braço, e avisou às forças policiais.

O promotor de Paris, Rémi Heitz, responsável pelas investigações terroristas na França, deve conceder uma entrevista coletiva para explicar, entre outras coisas, dados dessa operação.

Castaner deve participar logo mais da reabertura do mercado de Natal de Estrasburgo após dois dias em que permaneceu fechado devido ao atentado de terça-feira.

Por outro lado, o ministro do Interior não quis entrar na questão da reivindicação do ataque pelo Estado Islâmico (EI), além de comentar que, embora essa organização esteja debilitada nos seus redutos da Síria e do Iraque, a França segue sob a ameaça de atentados.

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