Coreia do Sul anuncia sanções contra a Coreia do Norte

País responde aos lançamentos de mísseis pelo regime de Kim Jong-un

Publicado em 14/10/2022 - 06:34 Por RTP* - Seul

A Coreia do Sul anunciou as primeiras sanções, em cinco anos, contra a Coreia do Norte, em resposta aos recentes lançamentos de mísseis pelo regime de Kim Jong-un.

"O governo da República da Coreia (nome oficial da Coreia do Sul) condena veementemente as recentes provocações de mísseis, realizadas com frequência sem precedentes, envolvendo a utilização de armas nucleares táticas contra nós", afirmou em comunicado o Ministério dos Negócios Estrangeiros sul-coreano, que detalha as novas punições.

As novas sanções afetam 15 indivíduos e 16 entidades norte-coreanas, de acordo com o texto.

Os indivíduos que receberam sanções incluem quatro membros da Segunda Academia de Ciências Naturais, uma organização estatal norte-coreana que, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), é responsável pela investigação e o desenvolvimento de armamento avançado.

Os restantes pertencem a entidades envolvidas na importação de materiais que podem ser utilizados para a fabricação de armas de destruição maciça.

Entre as 16 entidades visadas estão empresas logísticas ou envolvidas no comércio de eletrônica, aço ou petróleo bruto.

O anúncio das sanções surgiu depois do último lançamento pela Coreia do Norte de um míssil balístico de curto alcance, na sequência da realização de exercícios aéreos perto da fronteira entre as duas Coreias, onde as forças militares do Norte também dispararam centenas de rondas de artilharia.

Pyongyang afirmou tratar-se de uma resposta a "ações provocadoras" da Coreia do Sul, cujas tropas realizaram exercícios perto da fronteira nessa quinta-feira.

O último lançamento é o nono feito por Pyongyang desde 25 de setembro, numa sucessão de testes de sistemas táticos de armas nucleares, em resposta a manobras recentes no sul da península, incluindo um porta-aviões norte-americano.

Analistas disseram acreditar que outros testes norte-coreanos estão no horizonte, incluindo nova detonação nuclear subterrânea, a primeira desde setembro de 2017.

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