Integrantes de nova flotilha que ia para Gaza são detidos por Israel
Os nove navios da Flotilha da Liberdade que navegavam rumo a Gaza foram interceptados hoje em águas internacionais pela Marinha de guerra israelense, que deteve os 140 participantes.

A informação foi confirmada pela organização Road to Gaza, que preparou a ação dos ativistas da nova flotilha, com o objetivo de romper o bloqueio israelense.
A organização disse à Agência France Presse que os veleiros "Thousand Madleens" e "Conscience" foram abordados em águas internacionais a uma distância de aproximadamente 110 milhas náuticas da costa de Gaza.
A Marinha de guerra israelense interceptou inicialmente três dos veleiros da flotilha a 120 milhas náuticas (220 quilómetros) de Gaza e concluiu depois a operação com a interceptação das demais embarcações que compõem a segunda flotilha, que partiu da Itália no final de setembro.
A flotilha anterior - Global Sumud - foi abordada na semana passada.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel confirmou hoje a nova operação de abordagem, acrescentando que todos os passageiros "estão seguros e com boa saúde".
"Espera-se que os passageiros sejam deportados imediatamente", anunciou Israel em breve comunicado.
Entretanto, a organização da Flotilha da Liberdade denunciou a detenção de tripulações "desarmadas", incluindo médicos, jornalistas e autoridades políticas, incluindo Jimena González, membro do partido espanhol Más Madrid.
A organização denunciou ainda a perda de mantimentos essenciais transportados pelas embarcações, no valor de mais de 95 mil euros em medicamentos, equipamento respiratório e mantimentos destinados aos hospitais de Gaza.
Como no caso da Flotilha Sumud, os participantes devem ser transferidos a um porto israelense para posterior deportação.
Dos mais de 450 participantes da flotilha Sumud, seis permaneciam detidos na terça-feira na prisão israelense de Ketziot.
A guerra em Gaza começou no dia 7 de outubro de 2023 com o ataque do Hamas contra o território de Israel, que deixou mais de 1.200 mortos.
A reação de Israel provocou, até o momento, mais de 60 mil mortos.
Além da campanha militar, Israel bloqueou o acesso a alimentos à população civil vítima da guerra.
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