Atualizada - Temporais de quinta-feira ainda causam transtornos em aeroportos

07/12/2013 - 14h50

Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Os passageiros de avião ainda sentem os reflexos da forte chuva que atingiu os estados do Rio de Janeiro e de São Paulo na noite de quinta-feira (5). A suspensão de pousos e decolagens nos aeroportos da região há dois dias provocou um efeito dominó que afeta terminais em todo o país até hoje (7).

Os aeroportos do Galeão e Santos Dumont, no Rio, e Guarulhos e Congonhas, em São Paulo, ficaram interditados por várias horas. O problema afetou todas as companhias aéreas, principalmente a Gol, que teve a malha aérea impactadas até a manhã de hoje.

Segundo a empresa,  os atrasos provocaram a diminuíram do número de funcionários disponíveis, porque algumas tripulações tiveram a jornada de trabalho afetada, e a companhia teve que respeitar os limites legais da carga horária da categoria.

Em nota, a Gol informou que trabalha para normalizar as operações ao longo do dia e lamenta o desconforto causado aos passageiros. No aeroporto de Brasília, o tempo de espera na fila do check-in superou duas horas no início da manhã.

Com voo marcado para o Aeroporto de Congonhas, a professora Marylisi Thuler estava há uma hora e meia na fila do check-in da Gol. “Ninguém da companhia fala nada. É um absurdo. Estou na fila de prioridades e corro o risco de perder o voo. O pior é que há grávidas e pessoas com necessidades na fila esperando há muito mais tempo que eu.”

Indo para Navegantes (SC), o casal de aposentados Jaime Borba e Maria Nilce Borba estava com medo de perder a conexão em São Paulo. “Meu embarque é daqui a 40 minutos e ainda tem muita gente na minha frente. Uma funcionária [da Gol] grita o tempo todo e remaneja os passageiros para as filas prioritárias, mas não sei se vai dar tempo”, disse ele.

Vereador em Marabá (PA), Ubirajara Sempre havia perdido um voo na TAM por motivos pessoais e reclamou que a Gol se recusou a vender passagens hoje pela manhã. Ele acredita que os problemas operacionais tenham feito a companhia deixar de comercializar as passagens nas lojas do aeroporto. “Consegui as passagens, mas foi por meio de uma agência de turismo”, conta Ubirajara, que passou uma hora e 50 minutos na fila para despachar a bagagem.

Até as 14h, dos 1.306 voos previstos, 243 (18,6 %) estavam atrasados e 62 (4,7%) haviam sido cancelados. 

Edição: Talita Cavalcante

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