MPF pede prisão preventiva de ex-diretor da Odebrecht
Publicado em 24/06/2015 - 15:34 Por André Richter - Repórter da Agência Brasil - Brasília
O Ministério Público Federal (MPF) pediu hoje (24) ao juiz federal Sérgio Moro a decretação da prisão preventiva do ex-diretor da Odebrecht Alexandrino Alencar. O prazo da prisão temporária, que ele cumpre sexta-feira (19), vence hoje (24).
No pedido, o MPF diz que há provas concretas de que o ex-diretor, que pediu afastamento da empresa após ser preso, atuava no pagamento de propina para obter contratos com a Petrobras.
Segundo a acusação, mesmo com o afastamento de Alexandrino de suas funções na empresa, ele deve continuar preso, porque ainda tem influência para interferir na investigação.
“A prova coligida aponta para o fato de que Alexandrino, enquanto diretor da Odebrecht, portanto sob as ordens de seu presidente, Marcelo Bahia Odebrecht, reunia-se com [o doleiro] Alberto Youssef e [o ex-deputado] José Janene [já falecido] para negociar o pagamento de propina dirigida ao grupo político que se beneficiava dos contratos firmados com a Petrobras”, diz o MPF.
Em depoimento complementar de delação premiada, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa confirmou à Polícia Federal que recebeu propina da petroquímica Braskem, para agilizar a venda de nafta pela petroleira.
Costa disse que, entre 2006 e 2012, recebeu, em média, de US$ 3 milhões a US$ 5 milhões por ano, em contas na Suíça. Ele disse que participou de uma reunião na qual estava presente Alexandrino Alencar, ex-executivo da Odebrecht, controladora da Braskem, para tratar dos pagamentos.
Edição: Beto Coura