Executivo da Odebrecht é preso na Suíça

Publicado em 23/02/2016 - 17:50 Por Ivan Richard - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Fernando Migliaccio, executivo da Construtora Norberto Odebrecht, está preso na Suíça desde a última quarta-feira (17). Em documento enviado à Polícia Federal brasileira, o Departamento Federal de Justiça e Polícia suíço comunicou hoje (23) que a prisão de Migliaccio ocorreu por determinação do Ministério Público Federal do país europeu. Os motivos da detenção não foram informados. Migliaccio também está com prisão decretada para ser executada na 23ª fase da Operação Lava Jato, deflagada ontem (22).

A construtora Odebrecht é alvo de investigação autônoma das autoridades suíças e também, no Brasil, da Operação Lava Jato. O juiz Sérgio Moro, responsável pelos inquéritos decorrentes da Lava Jato na primeira instância, expediu ordem de prisão contra Migliaccio no dia 11.

O executivo é suspeito de controlar contas de empresas offshore ligadas à Odebrecht que seriam usadas, segundo a força-tarefa da Lava Jato, para intermediar pagamentos ilícitos ao marqueteiro João Santana. Ontem, quando foi deflagrada a 23ª fase da Lava Jato, batizada de Acarajé, agentes da PF estiveram em dois endereços de Migliaccio e não o encontraram.

Outro que teve pedido de prisão decretado na nova fase da Lava Jato, o diretor-presidente da construtora Odebrecht Benedicto, Barbosa da Silva Junior, entregou-se à Polícia Federal (PF) no Rio de Janeiro no final da tarde de ontem e foi transferido para a sede da PF na capital paranaense.

Estão também presos em função da 23ª fase da Lava Jato o marqueteiro de campanhas eleitorais do PT João Santana e a esposa, Monica Moura, que chegaram hoje ao Brasil; o engenheiro Zwi Skornicki, apontado como operador do esquema; Vinícius Veiga Borin, administrador de uma consultoria financeira ligada à offshore da Odebrecht e a funcionária da construtora Maria Lúcia Guimarães Tavares. Com exceção Zwi Skornicki, que foi preso preventivamente, os demais foram detidos temporariamente e devem ficar presos por cinco dias.

Edição: Fábio Massalli

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