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Política

Supremo recebe novo pedido de investigação sobre Renan Calheiros

André Richter – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 22/02/2016 - 21:05
Brasília
Brasília - O presidente do Senado, Renan Calheiros, durante sessão do Congresso Nacional em homenagem à Campanha da Fraternidade de 2016, com o tema Casa comum, nossa responsabilidade (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
© Marcelo Camargo/Agência Brasil

Brasília - O presidente do Senado, Renan Calheiros, fala à imprensa após reunião com líderes do PSDB (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Com  1,9  mil páginas, novo pedido está relacionado a outra  investigação  em  curso  no  STF,  que  também envolve o senador alagoano  Arquivo/Agência Brasil

O Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu novo pedido de abertura de investigação sobre o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). De acordo com pedido enviado ao Supremo na sexta-feira (19), a Procuradoria-Geral da República (PGR) pede para investigar o senador pelos crimes de lavagem de dinheiro e peculato.

O relator do caso é o ministro Edson Fachin.

O pedido de investigação tem 1,9 mil páginas e está relacionado com outra investigação em curso na Corte e que também envolve o senador. Segundo o inquérito, Renan teria, supostamente, usado o lobista de uma empreiteira para pagar pensão a uma filha que teve fora do casamento. Na ação, o presidente do Senado é acusado também de ter adulterado documentos para justificar os pagamentos. O caso veio à tona em 2007 e, desde 2013, está no Supremo.

A defesa de Renan sustenta, no novo pedido de inquérito, que todas as operações financeiras do senador foram devidamente registradas e contabilizadas.

Segundo o advogado Eugênio Pacelli, não há nada no processo que possa ser caracterizado como “mascaramento de ganhos ou perdas em favor de quem quer que seja”.

“Não há um único centavo que tenha transitado nas contas bancárias que não seja resultante dos subsídios parlamentares, verba indenizatória, venda de imóveis, empréstimos financeiros e venda de gado”, diz o advogado.